A linha do tempo interessa para Fernando Cunha sobretudo porque lhe guia a história, porque o orienta num caminho que continua a fazer-se de canções, de encontros com o público, de discos e concertos. Com os Delfins, primeiro, com a Resistência, depois, e ainda com os Ar de Rock mostrou ser jogador de equipa, integrando coletivos que alcançaram os aplausos de milhares que os seguiram de norte a sul do país e além-fronteiras. A todas essas conquistas, o guitarrista, produtor, compositor e cantor acrescenta ainda uma carreira a solo que agora atinge a marca dos 25 anos. O trabalho que agora lança – A Linha do Tempo – Ao Vivo em Lisboa – celebra esse quarto de século de canções em nome próprio.
Gravado ao vivo em concerto no Teatro Maria Matos, a 13 de abril de 2022, esse álbum mostra Fernando Cunha a liderar uma banda em que se encontram João Gomes (sintetizadores e coros), João Alves (guitarra elétrica de 12 cordas, guitarra elétrica e coros), Tiago Maia (baixo) e Francisco Cunha (bateria) e ainda João Campos (voz nos temas Ao Passar Um Navio e Vou Sorrir, coros e guitarra acústica).
E, como qualquer celebração, esta apresentação lisboeta serviu também como pretexto para Cunha chamar grandes amigos para se juntarem a algumas das mais emblemáticas canções da sua carreira e do cancioneiro pop rock nacional: Diogo Campos, Pedro Jóia, Paulo Costa ou Olavo Bilac são alguns dos nomes que lhe fazem companhia neste trabalho.
Ao todo, este álbum congrega 15 temas que Fernando Cunha escreveu em modo solitário ou em felizes colaborações com Maria León, Joana Alegre, Miguel Ângelo, João Gomes, Boss AC e António Silvestre. Por ali se escutam peças como Ao Passar Um Navio, Sombra de Uma Flor, A Nossa Vez ou Só Há Tempo Para Viver Agora. Final Feliz é o segundo single do álbum, uma canção baseada nessa ideia que norteia o artista: é a linha do tempo que o orienta no seu caminho e nessa linha do tempo é o presente que mais importa. Este presente, aquele que se faz de canções, de amigos, de estrada e de aplausos.