O fadista Peu Madureira prepara-se para editar Espera, o seu álbum de estreia. “Nasci historiador, contador de histórias da História, apaixonado pelo passado, pelo belo, pelas obras de arte, pelas antiguidades, pela pincelada certeira de um pintor ou pela fineza de um entalhamento dum mestre marceneiro”, escreve em comunicado.
“Tudo isso mexe comigo. Tudo isso me leva a cantar. Habituado a fazê-lo pelas ruas do meu bairro, à deriva, sem reparar que o fazia, a caminho da escola, de regresso de um namoro, a caminho de casa, desde há uns anos que crescia em mim a vontade de deixar um registo. Foi Ele que decidiu a hora e o momento, em surdina, treinando a minha espera e pondo-me à prova.”
“Sendo aquilo que vos disse, é natural que vos cante sobre o passado, sobre a saudade, mas também sobre uma vida como a de hoje, apressada e prisioneira do tempo. Canto-vos o amor. Pergunto-me o que é? Descubro-o em três pequenas histórias. Nesta procura, encontro-me com a poesia portuguesa. Nada morta, em tudo vida e sempre viva. Descubro os poemas, tantas palavras para cantar duma outra época, dum outro tempo, mas afinal tão de agora. Quem me conhece, fala da minha alegria. Ela tem apenas uma fonte: a plenitude e o infinito. Ela está em Deus.”