Saltar para o conteúdo
    • Notícias
    • Desporto
    • Televisão
    • Rádio
    • RTP Play
    • RTP Palco
    • Zigzag Play
    • RTP Ensina
    • RTP Arquivos
Antena 1 - RTP
  • Programas
  • Podcasts
  • Vídeos
  • Música
    Nacional Internacional Fado Discos Antena 1 Concertos Antena 1
  • Notícias
  • Semanas Temáticas
  • Programação
  • O que já tocou
  • Outros Temas
    Cinema e Séries Cultura Política e Sociedade

NO AR
PROGRAMAÇÃO O QUE JÁ TOCOU
Imagem de Por dentro da 2.ª semifinal do Festival da Canção 2024
Fotografia: Pedro Pina
Música 3 mar, 2024, 01:33

Por dentro da 2.ª semifinal do Festival da Canção 2024

Leia a reportagem completa da Antena 1.

Imagem de Por dentro da 2.ª semifinal do Festival da Canção 2024
Música 3 mar, 2024, 01:33

Por dentro da 2.ª semifinal do Festival da Canção 2024

Leia a reportagem completa da Antena 1.

“É o Festival da Canção a renascer”, diz-nos Eládio Clímaco, nome incontornável da RTP, sobre esta edição. Este sábado (2), nos estúdios da RTP, decorreu a segunda semifinal de 2024. Entre as dez canções a concurso, “O Farol”, de Buba Espinho, “Primavera”, de Cristina Clara, “Aceitar”, de No Maka ft. Ana Maria, “Doce Mistério”, de Leo Middea, “Change”, de Silk Nobre e “Criatura”, de Rita Onofre, juntam-se a “Pontos Finais”, de Rita Rocha, “Teorias da Conspiração”, de Nena, “Bem Longe Daqui”, dos Perpétua, “Pelas Costuras”, de João Borsch, “Grito”, de Iolanda, e “Memory”, de Noble. Estes doze nomes disputarão o lugar para representar Portugal em Malmö na Grande Final a 9 de março.

O Festival movimenta-se entre rádio e televisão – e é à caixa mágica que agora reportamos. Não lhe soa familiar a voz-off na RTP1? Se sim, já a terá escutado nas manhãs da RDP Internacional e em emissões especiais da Antena 1, de seu nome Carina Jorge.

Foi na régie de controlo que a encontrámos, cercada de todos os ângulos e feeds que compõem a emissão. Há um segredo para se concentrar no meio de imagens e cablagens: “Às vezes, há muita macacada a acontecer naqueles ecrãs e essa parte também é muito gira. Mas tenho, também eu, uma vozinha no meu ouvido, [a anotadora] Cila Gomes, que faz as contagens: ‘Vais entrar agora, é daqui a dez segundos’. Existe aqui uma força suprema, uma outra voz do além”.

Imagem de Carina Jorge: a voz-off do Festival da Canção 2024

Carina Jorge: a voz-off do Festival da Canção 2024

Da RDP Internacional e da Antena 1 para a emissão da RTP.

SABER MAIS

Na TV, a voz off é a exceção, servindo-se apenas do som para ligar todos os momentos, protagonizados por rostos bem conhecidos do grande público, como Sónia Araújo, Jorge Gabriel e Catarina Furtado. O 60.° aniversário proporciona ainda uma oportunidade de reunir, no mesmo estúdio, nomes de todas as eras do Festival – alguns dos quais veteranos.

Em entrevista com a Antena 1, Helena Isabel recorda seis participações no Festival, a solo (justamente com “Canção Solidão” em 1974), enquanto intérprete em 1983, em grupo em 1980 e 1984, e compositora em 1986, ou mesmo a fazer coros. “O país parava para ver o Festival; depois, fez uma grande travessia no deserto. Agora, parece que está a ressurgir e ainda bem, porque é uma boa montra para os novos talentos.”

Eládio Clímaco, que entre 1973 e 2006 conduziu dez edições, identifica “um renascimento” desde a vitória de Salvador Sobral na Eurovisão de 2017. “As pessoas estão a ligar-se novamente ao Festival. É um prazer estarmos aqui, obviamente e tentar por esta malta nova a fazer coisas novas com talento: canções muito boas, letras muito boas, e é isso que eu quero.”

“Vejo uma mudança extraordinária, muito positiva, e sinto-me super honrada e privilegiada por ainda ser lembrada e poder estar aqui nesta nova modalidade”. Quem o declara é Adelaide Ferreira, intérprete da balada vencedora do Festival RTP da Canção 1985, “Penso em Ti (Eu Sei)”. Em conversa com Jorge Fernando, colega de edição e voz de “Umbadá”, confessa que voltar a pisar o palco, desta vez enquanto apresentadora, é intimidante. Jorge discorda: “Apresentar deixa-nos mais à vontade, se nos enganarmos ninguém leva a mal. Agora, dar as notas que a Adelaide dava antigamente e falhá-las… Aí sim, tínhamos um problema.”

Fotografia de Eládio Clímaco e Catarina Furtado: Pedro Pina
Fotografia de Sofia Morais e Adelaide Ferreira: Pedro Pina
Fotografia de Jorge Fernando: Pedro Pina
Fotografia de Sónia Araújo e Helena Isabel: Pedro Pina
Depois do espetáculo na TV, o pós-show na rádio

Regressamos, então, à rádio para o pós-show da Antena 1, onde Noémia Gonçalves e Pedro Miguel Ribeiro recebem Inês Henriques, radialista da Antena 3 e Afonso Cabral, compositor de “Anda Estragar-me os Planos” (2017) e intérprete de “Contraste Mudo”, que interpretou com os You Can’t Win, Charlie Brown em 2023. E, claro, os seis finalistas.

Buba Espinho cresceu a ouvir o pai, Luís Espinho, a partilhar histórias sobre o Festival da Canção e a sua participação com os Green Windows, em 1977, com a canção “Rita, Rita Limão”. Quando foi convidado, fez a associação direta e não haveria outra maneira senão “homenagear a paixão” que o pai lhe passou. Não lhe assiste o nervosismo por ser o primeiro a entrar em palco. “Quando vim para Lisboa cantar nas casas de fado, como era sempre o mais novo abria sempre o serão. Estou acostumado.”

Para Cristina Clara, o Festival foi um momento de estreia em vários sentidos. Escreve há relativamente pouco tempo para canções e, por isso, considerou uma “enorme honra” ter sido convidada. A canção, com música do cabo-verdeano Jon Luz, surgiu de uma pesquisa profunda que fundiu o fado à morna.

Leo Middea não é estranho aos palcos (já partilhou um com Afonso Cabral, que relembrou com carinho uma noite de concertos no Titanic Sur Mer). “Quis preencher este palco com o corpo inteiro, principalmente por estar sozinho. Como não é um concerto, tem de parecer que entras com o sangue quente”. “Fake it ‘till you make it“, como diz Inês Henriques.

Para os No Maka, a decisão mais difícil foi perceber o que trariam para o Festival. “A nossa música normalmente tem mais ritmo, é mais acelerada. Quisemos aproveitar para fazer o inverso daquilo que as pessoas estão habituados a ouvir de nós, e foi o universo pop que quisemos percorrer”. Para Duarte Carvalho e Emanuel Oliveira, talvez mais conhecidos como DJs, “tinha de ser esta música, e tinha de ser com a Ana Maria.”

As canções foram escritas para o Festival ou já existiam? As respostas dos últimos dois finalistas, Rita Onofre e Silk Nobre, variam. “Criatura” já seria o meu próximo single, mas a estética acabou por se revelar diferente do caminho que estava a tomar. A canção fez mesmo sentido neste palco, neste momento. Aqui, decidi levar a minha avante, sozinha até ao fim”.

Por outro lado, Silk Nobre fez, em casa, o seu próprio “festival” para escolher a música que traria. Ganhou “Change” que, se pudesse, receberia em palco um tratamento ainda mais grandioso: “Traria o mundo inteiro para dentro do palco, um coro, mais dançarinos, uma grande banda. Misturar a tragédia grega com o universo gospel, já que esta música é uma espécie de rapsódia, um apelo. Não podia ignorar a oportunidade de estar no Festival para tentar passar a minha mensagem.”

Fotografia de Buba Espinho: Pedro Pina
Fotografia de Cristina Clara: Pedro Pina
Fotografia de Filipa: Pedro Pina
Fotografia de Leo Middea: Pedro Pina
Fotografia de João Couto: Pedro Pina
Fotografia de Huca: Pedro Pina
Fotografia de No Maka ft. Ana Maria: Pedro Pina
Fotografia de Rita Onofre: Pedro Pina
Fotografia de Silk Nobre: Pedro Pina
O Festival da Canção continua a ser reflexo da atualidade

Do ensaio à cerimónia, passando pela conferência de imprensa, muitos subscrevem a noção do Festival como espelho do país – sobretudo como celebração da multiculturalidade. “Vivemos um momento muito interessante: hoje em dia, discute-se muito o conceito do que é a música portuguesa. Se sempre foi difícil de definir, agora, com toda a circulação, é ainda mais difícil. Há uma mistura muito grande de influências”, diz-nos a etnomusicóloga Sofia Vieira Lopes, co-autora do podcast Antena 1 “Quis Saber Quem Sou” (sobre como a história do Festival se cruza como a história do país). Cristina Clara, intérprete de “Primavera”, cantão composta pelo cabo-verdiano Jon Luz, felicita o Festival por refletir um país onde a música vibra pela mistura: “A música popular é feita de várias culturas, [e agregá-las] é uma função do Festival.”

Na segunda semifinal ouvimos o português do Brasil de Leo Middea, o crioulo em “Primavera”, o changana que ouvimos na voz de Maria João. A propósito da diversidade, na conferência de imprensa surgiu, novamente, o nome de Sara Tavares. Huca, intérprete de “Pé de Choro”, canção que homenageia a artista, relembra como o seu trabalho “foi fulcral no panorama português para mostrar que estas sonoridades fazem parte da pluralidade da música portuguesa.”

“Quando as câmaras desligam [na Green Room], é uma competição, mas muito singular, em que todo o mundo quer ser amigo de todo o mundo”, diz-nos o repórter da Green Room, o maranhense Wandson Lisboa.

Imagem de Wandson Lisboa, o repórter digital do Festival da Canção

Wandson Lisboa, o repórter digital do Festival da Canção

Falámos com o repórter, ilustrador e homem dos mil ofícios digitais.

SABER MAIS

A “cabeça da delegação portuguesa”, Carla Bugalho, revela que este ambiente é partilhado também na Eurovisão: “É sempre uma experiência diferente, mas temos tido a possibilidade de criar laços de família com os concorrentes, e não só com os nacionais. É muito gratificante ver como se produz o Festival da Eurovisão de fio a pavio”.

Imagem de Na régie do Festival da Canção 2024

Na régie do Festival da Canção 2024

Carla Bugalho fala-nos dos bastidores da operação.

SABER MAIS

Vive-se pelos corredores dos bastidores o mesmo ambiente de companheirismo da primeira semifinal; para estes concorrentes, o papel da música é “consertar”, unindo as pessoas sobre a música, coisas que para eles “é sagrada”. Por isso, o espírito de partilha e o Festival enquanto “montra” para mostrar o que se faz no país foram características louvadas transversalmente pelos artistas na conferência de imprensa.

“Silêncio e Tanta Gente” de Maria Guinot e o cinquentenário da carreira de Herman José

Em 1984, a greve dos músicos obrigou a um Festival muito diferente. Pela primeira vez em 20 anos, os instrumentais foram tocados em playback — exceto numa canção. Maria Guinot sentava-se ao piano para tocar e cantar “Silêncio e Tanta Gente”: “[Guinot] achou que poderia ser uma “deslealdade” tocar os playbacks que os músicos teriam gravado, até porque eles reivindicavam maior rendimento por cada sessão de gravação”, explica-nos Sofia Vieira Lopes.

40 anos depois, o Festival da Canção presta a devida homenagem a uma “canção intemporal” na voz de Milhanas (que esteve em competição em 2022 com “Corpo de Mulher”), com arranjo de Agir. “É uma canção com uma mensagem intemporal. A Milhanas conseguiu trazer o seu toque pessoal sem desvirtuar a canção. A simplicidade da canção está lá, mas a forma que ela interpreta traz um quê de sui generis, que mostra que a canção faz sentido em qualquer dos tempos”.

Também intemporal é o “Verdadeiro Artista”, Herman José, que trouxe o humor ao Festival com um pout pourri das canções da sua carreira, desde “Sr. Feliz e Sr. Contente”, ao genérico de “O Tal Canal”, mostrando um Festival que também sabe brincar com os tempos e consigo próprio.

Texto de Kenia Nunes e Pedro João Santos
Festival da Canção Festival da Canção 2024

Pode também gostar

Imagem de Hélder Moutinho no CCB

Hélder Moutinho no CCB

Imagem de Estaca Zero: “As Aventuras do Guitarrinho no País das Possibilidades”

Estaca Zero: “As Aventuras do Guitarrinho no País das Possibilidades”

Imagem de “Dois Poetas, dois Compositores”

“Dois Poetas, dois Compositores”

Imagem de Guimarães Jazz 2018

Guimarães Jazz 2018

Imagem de Gloria Gaynor: oito décadas a sobreviver

Gloria Gaynor: oito décadas a sobreviver

Imagem de “Há Fado No Cais” – Aldina Duarte

“Há Fado No Cais” – Aldina Duarte

Imagem de Simon e Garfunkel, 60 anos depois

Simon e Garfunkel, 60 anos depois

Imagem de “Uma viagem” na 2.ª semifinal do Festival da Canção

“Uma viagem” na 2.ª semifinal do Festival da Canção

Imagem de Filipe Keil ao vivo

Filipe Keil ao vivo

Imagem de Telma Tvon, escritora e rapper, fala com Teresa Dias Mendes

Telma Tvon, escritora e rapper, fala com Teresa Dias Mendes

PUB
Antena 1

Siga-nos nas redes sociais

Siga-nos nas redes sociais

  • Aceder ao Facebook da Antena 1
  • Aceder ao Instagram da Antena 1
  • Aceder ao YouTube da Antena 1

Instale a aplicação RTP Play

  • Apple Store
  • Google Play
  • Contactos
  • Frequências
  • Programas
  • Podcasts
Logo RTP RTP
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube
  • flickr
    • NOTÍCIAS
    • DESPORTO
    • TELEVISÃO
    • RÁDIO
    • RTP ARQUIVOS
    • RTP Ensina
    • RTP PLAY
      • EM DIRETO
      • REVER PROGRAMAS
    • CONCURSOS
      • Perguntas frequentes
      • Contactos
    • CONTACTOS
    • Provedora do Telespectador
    • Provedora do Ouvinte
    • ACESSIBILIDADES
    • Satélites
    • A EMPRESA
    • CONSELHO GERAL INDEPENDENTE
    • CONSELHO DE OPINIÃO
    • CONTRATO DE CONCESSÃO DO SERVIÇO PÚBLICO DE RÁDIO E TELEVISÃO
    • RGPD
      • Gestão das definições de Cookies
Política de Privacidade | Política de Cookies | Termos e Condições | Publicidade
© RTP, Rádio e Televisão de Portugal 2025