"Tristeza não tem fim, felicidade sim", diz uma conhecida canção de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Perseguimos a felicidade, mas seremos de facto educados para a felicidade?, sabemos encontrá-la, reconhecê-la, vivê-la? Onde reside esse pote de ouro, essa quimera que parece estar sempre adiante (ou, como diria o poeta, "essa outra coisa é que é linda")?
Persiste a incompreensão e até o paradoxo: porque é que é tão difícil ser feliz se todos os nossos movimentos são no sentido de nos dizermos felizes?
E como definir a felicidade, o que é que faz com que uma vida seja boa, e possamos dizer dela que foi uma vida feliz?
O sucesso no amor e no trabalho, o dinheiro, a fama?
Os conceitos e vivências serão tão diversificados quanto as pessoas ouvidas, bem entendido.
Talvez não haja sequer uma definição mínima, comum.
Porém, a procura, sim, está presente em todas as nossas vidas. É sobre esta demanda, sobre o pulsar que nos faz querer o dia seguinte, sobre as respostas às perguntas que aqui estão que quero falar com pessoas de diferentes proveniências, faixas etárias, anónimos e figuras públicas, pessoas que falam na primeira pessoa ou que escutam, observam, reflectem.
Vamos falar: para que a tristeza, pelo menos, conheça fim.
Com Anabela Mota Ribeiro.
Produção de Cristina Condinho.