Esta semana no A1 Doc, a jornalista Lília Almeida dá a conhecer os programas de rastreio oncológico dos Açores, uma iniciativa que, só em 2024, já realizou quase 38 mil exames na região autónoma.
Estima-se que nos Açores sejam diagnosticadas com cancro cerca de mil pessoas por ano. A região tem a taxa de mortalidade por cancro mais alta do país, mas os profissionais de saúde sublinham que a deteção precoce pode significar até 90% de hipóteses de sucesso na terapêutica e na cura. Um dado que reforça a necessidade de sensibilização para que mais pessoas participem e incentivem familiares e amigos a fazerem o mesmo.
O Centro de Oncologia dos Açores (COA) é responsável por quatro programas distintos: rastreio do cancro da mama, do colo do útero, do cólon e reto, e da cavidade oral. Cada um com as suas particularidades e desafios. O mais antigo e com maior adesão é o rastreio do cancro da mama, já na oitava ronda pelo arquipélago, com uma taxa de participação de 77,5%. Em contraste, o rastreio do cólon e reto, realizado através da colheita de fezes em casa, regista a menor adesão – menos de 30% da população alvo. A região prepara-se para implementar um quinto programa dedicado ao cancro do pulmão, ampliando assim a rede de prevenção oncológica no arquipélago.
A reportagem começa com o testemunho de Paula Sousa, de 56 anos, diagnosticada com carcinoma lobular invasivo ainda numa fase inicial graças ao rastreio do cancro da mama realizado em agosto do ano passado. Após o diagnóstico, Paula enfrentou duas cirurgias e, apesar do impacto inicial, encontrou forças para lutar. “Isto pode salvar vidas”, sublinha, reforçando a importância da participação nos programas de rastreio.
Com sonoplastia de Tiago Matias, esta reportagem oferece um olhar aprofundado sobre como os programas de rastreio estão a transformar o panorama da saúde oncológica nos Açores, salvando vidas através da prevenção e deteção atempada.