Envelhecer bem na Terra Média é uma arte apenas ao alcance de alguns afortunados.
Todos os anos, cemitério mediático se enche de conteúdos, plataformas, formatos e géneros que não resistiram ao sobressalto das tendências e às inclementes revoluções tecnológicas.
Mas há quem consiga, através de mágicas, de encantamentos, mas também da inovação e da vontade de sobreviver a quase tudo. Há quem consiga transformar-se, adaptar-se e manter-se relevante num ecossistema mediático sempre turbulento.
Hoje, os peregrinos trazem para a conversa uma lenda dos media tradicionais com um género fluido: O Blitz, que é também a Blitz.
O 1.º Jornal de Música em Portugal nasceu num tempo longínquo, quando o fim do papel não era sequer assunto de conversa, num país que só há pouco tempo começara a sincronizar-se com o resto da Europa.
As publicações musicais e artísticas com quem ombreava e que foi encontrando ao longo da jornada, já há muito finaram… mas a Blitz continua por aí!
E celebra em 2024 o seu quadragésimo aniversário – um feito raro na imprensa nacional.
Começou como um jornal, em 1984, mudou de género em 2006, passando a revista, e em 2017 migra definitivamente para o universo online.
O nosso convidado de hoje conhece essa casa e cuida dessa marca como ninguém.
Entrou como jornalista nos anos 80 e atravessou as suas muitas fases, recheadas de sucessos e de algumas crises.
Atualmente, continua a ser o diretor da Blitz: Miguel Francisco Cadete.
Juntem-se a nós, peregrinos, à roda desta fogueira de outono, para ouvir a história e algumas estórias da Blitz, uma chama acesa há 40 anos, neste vasto e magnífico território da “Terra Média”.