O cinema dos anos 80 celebrou a grande aventura, com heróis como Indiana Jones e Batman, mas foi também um tempo de afirmação de autores como Wim Wenders ou David Cronenberg — daí as suas memórias paradoxais e fascinantes.
O cinema dos anos 80 celebrou a grande aventura, com heróis como Indiana Jones e Batman, mas foi também um tempo de afirmação de autores como Wim Wenders ou David Cronenberg — daí as suas memórias paradoxais e fascinantes.
O filme de António-Pedro Vasconcelos destacava-se no mercado português, enquanto “A Guerra das Estrelas” reforçava o domínio global. Foi também o ano de “Finalmente Domingo!”, título final do francês François Truffaut.
“E.T., o Extraterrestre” coexistia com o génio experimental de Francis Ford Coppola em “Do Fundo do Coração”. De França vinha a “Paixão” segundo Jean-Luc Godard, em harmonia com as memórias da pintura de Rembrandt.
George Lucas criou o herói de “Os Salteadores da Arca Perdida”, Steven Spielberg transformou-o em grande aventura — no mesmo ano em que nascia a MTV e os Óscares consagravam o filme britânico “Momentos de Glória”.
Era um tempo de consagração das aventuras galácticas de George Lucas. Michael Cimino apostava em reinventar o “western” com “As Portas do Céu”, enquanto da URSS chegava o misterioso “Stalker”, de Andrei Tarkovski.