Nas primeiras edições, o Festival Y preocupou-se com aproximar a Beira Interior das artes performativas contemporâneas. 19 edições depois, continua preocupado com o acesso e a descentralização, mas agora também desde dentro, atentos ao nosso território, onde tanto diferem as oportunidades entre quem vive em meios grandes e pequenos.
Através de espetáculos e residências artísticas de cruzamentos, dança, música, performance, circo e teatro, propomos uma programação híbrida para todos os públicos, em auditórios e ao ar livre, na Covilhã, Castelo Branco e, pela primeira vez, em Belmonte, Cortes do Meio e Paul.
Iniciamos este festival com a música de Rita Vian, uma artista que vem desafiar categorizações. E é com obras indisciplinadas que seguimos. De artistas referenciais, como Paulo Ribeiro, Sílvia Real e André Braga & Cláudia Figueiredo, a artistas com as suas primeiras obras, como Sara Inês Gigante, Ana Jezabel e Coração nas Mãos. Perseguindo este apoio à jovem criação, lançamos uma open call para espetáculos a integrar na próxima edição. No campo internacional, acolhemos Igor Calonge, com curadoria da La Fundición, e Macarena Recuerda Shepherd.
Com as residências artísticas queremos provocar encontros férteis entre artistas e grupos locais, Mafalda Saloio com a Filarmónica Recreativa Cortense e Filipe Moreira com a Casa do Povo do Paul e sua comunidade; com espetáculos a apresentar nesta e na próxima edição do festival.
Perante o atual estado do país e do mundo – que nos implica a todos, sobretudo a quem menos pode -, este será um festival para nos lembrar que, na passagem fugaz por este planeta que irresponsavelmente partilhamos, estamos todos ligados (e quem sabe, motivar-nos a fazer algo de bom com isso).