Todas as histórias têm um começo. E a que conta a discografia dos Rolling Stones começou a ganhar forma a 10 de maio de 1963 numa sessão nos Olympic Studios, em Barnes (Londres), na companhia de Andrew Loog Oldham, e com o engenheiro de som Roger Savage sentado na mesa de gravação.
Da sessão surgiram os temas que, a 7 de junho de 1963, foram fixados no single de estreia dos Rolling Stones, lançado sem capa ilustrada (usando, portanto, a custom sleeve habitual em singles da Decca). No lado A surge uma versão de Come On, canção de Chuck Berry originalmente editada em 1961 e que tinha passado algo distante das atenções (tanto que deu mais que falar o lado B desse mesmo single). No lado B do seu single de estreia os Stones registaram uma leitura sua de I Want to Be Loved de Willie Dixon. Da mesma sessão nasceram outras gravações.
Apesar de ter ascendido ao número 21 na tabela de vendas de singles no Reino Unido (o que não era mau para uma estreia), Come On acabou por não ter nunca uma presença maior na vida do grupo, tanto em discos como entre palcos. Daria mais que falar, até porque surgiu quando os Beatles estavam a começar a tornar-se num fenómeno de popularidade, o single seguinte, I Wanna Be Your Man (canção de Lennon e McCartney que os Stones gravam mesmo antes dos próprios fab four), que os levaria ao número 12 alguns meses depois.
Esta semana, a assinalar os 60 anos da estreia em disco dos Rolling Stones, o Gira Discos recorda canções da banda, mas através de versões de nomes tão diferentes como os de Tori Amos, Bryan Ferry, Lindsay Buckingham, Vashty Bunyan, Cowboy Junkies ou Joan Baez, entre outros.
Texto de Nuno Galopim
Ouça todos os episódios de Gira Discos na RTP Play. Para ouvir na Antena 1 de quinta para sexta-feira, depois das notícias das 00h.
Recentemente, no programa Duas ou Três Coisas, João Lopes e Nuno Galopim também assinalaram o 60.º aniversário da estreia em disco dos Rolling Stones. Um episódio para evocar álbuns, canções e filmes que marcam a história da banda, disponível na RTP Play.