Os RioLisboa estiveram na Tarde da Antena 1 para falar com Filomena Crespo e tocar duas canções de "Moça Morena". Veja os vídeos:
A sonoridade do RioLisboa reflete a fusão das musicalidades de Portugal e do Brasil – países unidos por laços históricos e pela língua de Camões. O FADO unido à BOSSA-NOVA – a nostalgia e a saudade unidas à alegria e à paixão. Esta mistura expressa as sonoridades da antiga Alfama com as da saudosa Copacabana, numa junção alegremente conseguida, sensivelmente materializada pelos poetas e pelos músicos que compõem este colectivo.
Desde o início da formação do RioLisboa, que o seu enfoque literário passa pela referência ao Amor, ilustrado nas trivialidades da vida de um casal. E assim se unem vários tempos, povos e realidades, tão longe geograficamente, mas tão próximos na linguagem do coração.
Sobre o novo disco – “MOÇA MORENA”
"MOÇA MORENA ilustra a mulher moderna europeia que se identifica com as influências latinas, africanas e hispânicas. “Moça morena” é uma mulher mestiça, resultado deste encontro e mistura de culturas, aqui representada pelas diversas cantoras convidadas. A par da identidade desta mulher cada vez mais global, devemos encarar o enorme e vasto oceano, como charneira que induz a uma reflexão profunda sobre o que nos liga a todos, bem como uma mudança de consciência. Quem sou eu? Quem somos nós?
Os temas de “Moça Morena” espelham, ao mesmo tempo, uma antecipação dessas novas peripécias e aventuras globalizadas, bem como a eterna saudade da nossa casa – as nossas raízes e identidade. Inevitavelmente, o amor acaba como cenário destas histórias irresistíveis, para quem vive a vida intensamente. Os possíveis afluentes deste sentimento resultam em poemas, peças únicas, assinados por figuras maiores da literatura e poesia nacionais – Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner Andresen, João Monge, Maria do Rosário Pedreira e Nuno Miguel Guedes, bem como músicos sensíveis às palavras e ao modo de colocar o sentimento no papel – Márcio Faraco, José Sebastião, Ana Sofia Paiva, André Mota e Bruno Fonseca.
Um elemento novo neste disco é a inclusão de uma voz de Cabo Verde e de uma voz espanhola, fazendo com que se amplie o espaço destas criações, gerando novas histórias para se cantarem novas canções.
RioLisboa assume-se como colectivo instrumental, podendo contar, para este novo disco, com deslumbrantes vozes, que realçam as afinidades culturais e emocionais destes lugares e suas sonoridades. São elas Rute Soares, Luanda Cozetti, Sandra Correia, Ana Margarida, Mili Vizcaíno e Tété Alhinho."
José Sebastião
01 – Margens do rio (José Sebastião / Bruno Fonseca)
02 – Sem tempo, sem resposta (Bruno Fonseca)
03 – Saudades de Lisboa (Bruno Fonseca)
04 – Para quê? (João Monge / Bruno Fonseca)
05 – Até às sete (André Mota)
06 – Peregrino (José Sebastião / Bruno Fonseca)
07 – Moça Morena (Ana Sofia Paiva / Rolando Semedo / Bruno Fonseca
08 – Primavera (Sophia de Mello Breyner Andresen / Pedro d´Orey)
09 – Não digas nada (Fernando Pessoa / Felipe Fontenelle)
10 – Todo o Amor (Márcio Faraco / Bruno Fonseca)
11 – O Regresso (Nuno Miguel Guedes / Guilherme Nascimento / Paulo Cavaco / Bruno Fonseca)
12 – Sem dar por nada (Maria do Rosário Pedreira / Bruno Fonseca)
13 – Despedida (Sophia de Mello Breyner Andresen / Pedro d´Orey)
- Henrique Leitão – guitarra portuguesa
- Bruno Fonseca – guitarra clássica, viola de fado e direcção musical
- Carlos Barretto – contrabaixo
- André Mota – bateria e percussões
Cantoras convidadas:
- Sandra Correia
- Luanda Cozetti
- Rute Soares
- Tété Alhinho
- Ana Margarida
- Mili Vizcaíno