Com Francisco Lopes, historiador do Pego, coordenador do livro “O que é o comer?”, onde se fala de migas carvoeiras, couves arrapazadas, feijão de barulho. E de bucho e tripas, claro
Nos dias áureos da Central Termoeléctrica, a aldeia do Pego chegou a ter 4.500 habitantes. O Pego, conhecido como “aldeia das casas baixas”, continua a ser a capital do petisco. O bucho e as tripas são os pitéus mais apetecidos pelos pegachos que reclamam, também, o estatuto de “capital das anedotas”.
O essencial da conversa com o historiador Francisco Lopes, natural do Pego, corre o fio da memória de um lugar inconfundível na linha do Tejo. A conversa terminará em casa de Joaquim António Gomes, antigo professor de matemático e presidente de Junta, que escreveu um livro sobre “Os Carvoeiros do Pego” e vai aprontando o lume para uma boa petiscada
A mesa foi-se compondo: bucho, tripas, farinheira, morcela, presunto, azeitonas, pão e vinho. Sempre que alguém se ausentou da mesa não foi precisamente, como acontecia nos dias gloriosos do Pego, “deixar a sopa”. As anedotas deram o tempero.