A assinalar a passagem de 50 anos sobre o 25 de bril, a Antena 1 lança “Liberdade para Contar”: uma série de dez olhares sobre diversos espaços da vida pública e cultural no país. O que mudou? Como era? Como passou a ser?
Nesta reportagem, tentei dar o meu olhar para aquilo que mudou com a revolução de 1974. Não tendo eu ainda cinquenta anos, também para mim, foi um interesse processo de descoberta. E tive que recuar mais…
Fui até 1969 e à crise estudantil em Coimbra. É, aliás, foi aí que começa a minha história, isto porque o futebol foi o meio que os estudantes utilizaram para mostrar o descontentamento vivido.
A famosa final da taça de Portugal de 1969, que não teve transmissão televisiva para não se verem os protestos e que não teve politicos nas bancadas.
A criação do sindicato de jogadores com António Simões, Artur Jorge e Jorge Sampaio. Sim, Jorge Sampaio teve um papel muito importante também.
As “fortunas” que muitos jogadores pagaram para não ir para a guerra. Vou contar um caso de um jogador que ficou vários meses a pensar o que teria acontecido ao militar pago para ir na sua vez.
Mas abordo, ainda, a censura na imprensa desportiva, com centenas de títulos, e as primeiras mudanças na forma como as mulheres começaram a ser vistas no desporto.