Esta semana, “The Boss” marca presença na Antena 1. João Gobern assinala o 75.º aniversário de Bruce Springsteen com um especial que atravessa a sua vida e obra. São cinco apontamentos diários para escutar de segunda a sexta-feira pelas 09h52 (com repetição às 15h20), sintetizados num compacto para escutar no domingo, logo após as notícias das 22h.
Springsteen acumula mais de 140 milhões de discos vendidos, jurando fidelidade ao legado norte-americano das músicas rock, folk e soul. Os seus concertos são uma prova de endurance, muitas vezes a ultrapassar as três horas de duração. “Quem o vê em palco, nunca mais se esquece, pela generosidade de uma entrega total, e pela empatia que consegue”, diz João Gobern à Antena 1.
Para um criador há mais de meio século no ativo, exige-se a história completa, que coligiu com recurso à autobiografia do músico e a pontos de vista externos. O programa vai desde as origens da sua musicalidade até à sua consagração enquanto estrela planetária. De New Jersey ao cume da música popular – ou não fosse “The Boss” a sua alcunha. Paradoxal, dado o facto de “se aplicar a um working class hero [herói da classe trabalhadora]”, mas adequada a um artista que “tomou em mãos a gestão da carreira”. E, como frisa Gobern, a sua imagem tradicional (na forma de vestir e na sua abordagem ao rock) não o [impede] de manter uma mente aberta face às transformações sociais e comportamentais”.
O especial que assina para a Antena 1 percorre todas as etapas de Springsteen: “os tempos difíceis do arranque, em que ele parecia condenado a ser um ‘músico de músicos’, a fase que vai de ‘Born To Run’ a ‘Tunnel o Love’, de explosão quase sem cedências, e, por fim, uma gloriosa primeira década deste século, com álbuns de uma maturidade que não perdia a febre e a energia”.
Ainda que guarde o “desgosto” de nunca o ter entrevistado, João Gobern saúda-o pela longevidade: “Mesmo chegado aos 75 anos, o rapaz já avisou que não tenciona reformar-se, algo que a gente agradece.”