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Os Dias que Correm

Fernando Alves | 12 dez, 2024, 08:58

Pastel, serpentina, malassada

A rubrica diária de Fernando Alves nas manhãs da Antena 1, para ouvir e ler.

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Fernando Alves | 12 dez, 2024, 08:58

Pastel, serpentina, malassada

A rubrica diária de Fernando Alves nas manhãs da Antena 1, para ouvir e ler.

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Os Dias que Correm

O que guardamos dos dias. O que passando, fica. Fernando Alves na Antena 1.

Ver Programa

Está de portas abertas, desde ontem, o Núcleo Museológico do Pastel e da Serpentina, na freguesia da Ribeira Chã, em São Miguel.

O pastel e a serpentina são marcas identitárias da pequena freguesia do município da Lagoa e não cuideis que seja, o pastel, delícia gastronómica, nem a serpentina o adereço carnavalesco cuja invenção é atribuída a um empregado do telégrafo de Paris, entretido com as fitas de morse em finais do século XIX.

A notícia do Açoriano Oriental esclarece que a serpentina agora evocada no núcleo museológico da Ribeira Chã é uma planta da família dos jarros que cresce espontaneamente em zonas húmidas e de cuja raiz se pode extrair uma farinha que chegou a ser muito utilizada na culinária micaelense e, particularmente, nesta zona da Ribeira Chã. Mais esclarece que o pastel é uma planta tintureira da qual se extraía, no início do povoamento dos Açores, o azul-escuro e o preto.

No núcleo agora aberto ao público é possível observar uma mó usada na produção de pastel até meados do século XVII. Este material expositivo é, também, o reconhecimento do importantíssimo trabalho do padre e etnógrafo João Caetano Flores. Este padre, nascido na ilha de São Jorge, chegou à Ribeira Chã nos anos 50 do século passado e mudou a história de um lugar até então isolado e carenciado. Foi ele o grande impulsionador da construção da estrada que permitiu a chegada do transporte público à mais pequena freguesia da Lagoa. Criou a biblioteca e a cantina paroquial, o museu de arte sacra e o Quintal Etnográfico agora enriquecido com este núcleo museológico do pastel e da serpentina. Encontrei imagens da construção da nova igreja, inaugurada em 1967: toda a população se mobilizou transportando à cabeça, numa distância considerável, em ambiente de romaria, pedras de grande dimensão com as quais o templo foi erguido.

Antes da chegada do padre Flores, os de Ribeira Chã iam à missa a Água de Pau.

São tantos os belos nomes em redor deste lugar onde se realiza, também, por alturas do Carnaval, um Festival da Malassada. Não é coisa de forno, antes de fritadeira e doce, uma espécie de filhós, criada na Madeira no tempo das plantações de cana e, entretanto, levada por madeirenses e açorianos até ao Brasil e ao Havai. Já fizeram os de Ribeira Chã quase uma dezena de festivais de malassada, lambendo os beiços folgazões e fazendo vénia ao seu padre Flores. Andou o padre por estas terras de belos nomes, de Água de Alto a Ribeira Seca, não foi por água que se aventurou a Biscoitos onde ajudou a fu
ndar a Confraria do Vinho Verdelho. Ficou registado como Confrade número 2.

A palavra confrade, inteiramente laica, tal como a palavra compadre, tece avé-marias a homens assim. É pena não termos Nemésios que possam, sobre eles, adornar a perlenga, dando dignidade e erudição ao mais fútil apontamento. Mas imagino o meu amigo João de Melo procurando, na Ribeira Chã, o fio da formidável história do padre Flores.

Texto e programa de Fernando Alves
Os Dias que Correm

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