Depois de esgotar os dois concertos agendados para o Centro Cultural de Belém, em Maio, Fausto Bordalo Dias leva o espetáculo “Atrás dos Tempos Vêm Tempos” à cidade do Porto. No dia 4 de Setembro, a Casa da Música será palco de um dos artistas mais icónicos da música portuguesa.
E outros tempos hão-de vir, tempos em que o que no presente é estranho, no futuro há-de apenas ser memória. E celebrar, como, de resto, navegar, não só é preciso, é também urgente.
Outros tempos, como noutros tempos cantou Fausto, hão-de certamente vir. E nesses outros tempos iremos, uma vez mais aplaudi-lo. Porque Fausto é um dos maiores tesouros guardados nos campos da música portuguesa, um património vivo que nos deu canções que também ajudam a fazer de nós o que somos.
“Atrás dos Tempos Vêm Tempos”, uma canção que Fausto primeiro cantou na Madrugada dos Trapeiros, corria o ano de 1977, com o aroma dos cravos ainda fresco na memória de todos.
Quase 20 anos depois, esse título haveria de servir para uma antologia da sua obra. Agora, volta a recuperar-se para nomear um espectáculo raro. Não apenas raro porque Fausto é parcimonioso a pisar as tábuas dos palcos, ele que sempre preferiu a reserva à exposição, a ausência à luz da ribalta. É raro porque quase sempre que Fausto levou as suas criações para o palco o fez com a ideia de que o presente, e não a memória, é que lhe merecia a atenção.
Normalmente, um concerto significava a exploração do último trabalho, a oportunidade de expor ao vivo aquilo que se tinha tão minuciosamente criado em estúdio. A ideia de “grandes êxitos” nunca encontrou grande eco no espírito do senhor Bordalo Dias. E, no entanto, é inegável que nas suas 5 décadas de aplaudida carreira, o homem que subiu um rio, saltou para lá das cordilheiras, pisou terra ardente e escalou montanhas, deixou muitos marcos no seu
caminho.
O espetáculo “Atrás dos Tempos Vêm Tempos” ruma agora ao Porto no dia 4 de Setembro. É aí que Fausto irá encher os corações da plateia da Casa da Música, em mais um marco num mundo que já se espera diferente.
Outros tempos, como noutros tempos cantou Fausto, hão-de certamente vir. E nesses outros tempos iremos, uma vez mais aplaudi-lo. Porque Fausto é um dos maiores tesouros guardados nos campos da música portuguesa, um património vivo que nos deu canções que também ajudam a fazer de nós o que somos.
“Atrás dos Tempos Vêm Tempos”, uma canção que Fausto primeiro cantou na Madrugada dos Trapeiros, corria o ano de 1977, com o aroma dos cravos ainda fresco na memória de todos.
Quase 20 anos depois, esse título haveria de servir para uma antologia da sua obra. Agora, volta a recuperar-se para nomear um espectáculo raro. Não apenas raro porque Fausto é parcimonioso a pisar as tábuas dos palcos, ele que sempre preferiu a reserva à exposição, a ausência à luz da ribalta. É raro porque quase sempre que Fausto levou as suas criações para o palco o fez com a ideia de que o presente, e não a memória, é que lhe merecia a atenção.
Normalmente, um concerto significava a exploração do último trabalho, a oportunidade de expor ao vivo aquilo que se tinha tão minuciosamente criado em estúdio. A ideia de “grandes êxitos” nunca encontrou grande eco no espírito do senhor Bordalo Dias. E, no entanto, é inegável que nas suas 5 décadas de aplaudida carreira, o homem que subiu um rio, saltou para lá das cordilheiras, pisou terra ardente e escalou montanhas, deixou muitos marcos no seu
caminho.
O espetáculo “Atrás dos Tempos Vêm Tempos” ruma agora ao Porto no dia 4 de Setembro. É aí que Fausto irá encher os corações da plateia da Casa da Música, em mais um marco num mundo que já se espera diferente.
A viagem passará por etapas importantes da carreira de Fausto: de Pró Que Der e Vier, trabalho lançado logo em 1974, e Madrugada dos Trapeiros, disco de 1977, ao inevitável Por Este Rio Acima de 1982, O Despertar dos Alquimistas de 1985, Para Além das Cordilheiras de 1987 e ainda Crónicas da Terra Ardente de 1994, A Ópera Mágica do Cantor Maldito de 2003 ou Em Busca das Montanhas Azuis, o trabalho de 2011 que continua a ser o seu registo de originais mais recente. Desses marcos escutar-se-ão temas eternos como “Ao Som do Mar e do Vento”, “Todo este Céu”, “Lembra-me Um Sonho Lindo”, “Navegar Navegar”, “Rosalinda”, “Porque Me Olhas Assim”, “Carta de París”, “A Guerra é a Guerra” ou, entre muitas outras, a canção que dá o mote ao espetáculo, “Atrás dos Tempos Vêm Tempos”, numa viagem com duas dezenas de canções que já se libertaram do tempo para se tornarem matéria omnipresente nas nossas memórias e identidades.
Rodeado de músicos e amigos com quem se cruzou em diferentes momentos da sua frutuosa carreira, Fausto irá navegar por uma memória feita de grandes descobertas. Viriato Teles escreveu, não há muito tempo, sobre Fausto e Por este Rio Acima no livro Cento e Onze Discos Portugueses com que a Antena 3 celebrou oito décadas de rádio pública. Aí sublinhava a relevância de um trabalho que não sendo necessariamente o “melhor”, era um claro marco distinto e nobre num percurso a todos os títulos singular. “É isso, e apenas isso, que faz de Por Este Rio Acima um disco a todos os títulos histórico”, referia o veterano jornalista, “já que antes de depois dessa obra Fausto criou alguns dos mais belos temas da música portuguesa de todos os tempos – de "Rosalinda" a "Atrás dos Tempos", passando por todo O Despertar dos Alquimistas, pela revisitação da infância de A Preto e Branco, pelo reencontro com a Europa de
Para Além das Cordilheiras, ou pelo resto da viagem contada e cantada em Crónicas da Terra Ardente e Em Busca das Montanhas Azuis, os dois outros títulos da trilogia de Fausto sobre a diáspora portuguesa”. É essa obra que todos iremos agora poder aplaudir. Porque atrás dos tempos vêm tempos, e outros tempos hão-de vir.
Rodeado de músicos e amigos com quem se cruzou em diferentes momentos da sua frutuosa carreira, Fausto irá navegar por uma memória feita de grandes descobertas. Viriato Teles escreveu, não há muito tempo, sobre Fausto e Por este Rio Acima no livro Cento e Onze Discos Portugueses com que a Antena 3 celebrou oito décadas de rádio pública. Aí sublinhava a relevância de um trabalho que não sendo necessariamente o “melhor”, era um claro marco distinto e nobre num percurso a todos os títulos singular. “É isso, e apenas isso, que faz de Por Este Rio Acima um disco a todos os títulos histórico”, referia o veterano jornalista, “já que antes de depois dessa obra Fausto criou alguns dos mais belos temas da música portuguesa de todos os tempos – de "Rosalinda" a "Atrás dos Tempos", passando por todo O Despertar dos Alquimistas, pela revisitação da infância de A Preto e Branco, pelo reencontro com a Europa de
Para Além das Cordilheiras, ou pelo resto da viagem contada e cantada em Crónicas da Terra Ardente e Em Busca das Montanhas Azuis, os dois outros títulos da trilogia de Fausto sobre a diáspora portuguesa”. É essa obra que todos iremos agora poder aplaudir. Porque atrás dos tempos vêm tempos, e outros tempos hão-de vir.
Os bilhetes para o espetáculo “Atrás dos Tempos Vêm Tempos” de Fausto Bordalo Dias na Casa da Música, no dia 4 de Setembro, estão à venda tanto na bilheteira da Casa da Música como também pela Ticketline, e custam 30€.