Duas artes levadas ao mundo por duas almas excepcionais. Amália e Cesária deram a conhecer a identidade e as raízes dos seus países através da Voz e foram o grande impulso para que estes dois géneros se tornassem Patrimónios Culturais Imateriais da Humanidade, estabelecidos pela Unesco.
A 17 e 18 de setembro de 2021, o Jardim d’Amália vai celebrar o Fado e a Morna, num espectáculo que tem como objectivo homenagear Cesária Évora e Amália Rodrigues.
Na feliz coincidência de partilharem a Rua de São Bento, é com a união da Fundação Amália Rodrigues e do Centro Cultural de Cabo Verde que nasce o desejo de desenvolver um espectáculo que une, num formato acústico, o fado e a morna. O espectáculo ao ar livre contará com a presença de Célia Leiria (Fado) e Cremilda Medina (Morna) no Jardim da Casa-Museu Amália Rodrigues.
De forma a celebrar não só a música portuguesa e a cabo-verdiana, mas também a cultura de ambos os países, o espectáculo será preenchido com a leitura de poesia cabo-verdiana e portuguesa. De forma a enriquecer esta viagem cultural, serão expostas peças do acervo de Amália e de Cesária.
Com o Apoio da Antena 1!
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As intérpretes
Célia Leiria
Natural de Santarém, Célia Leiria nasceu numa família ribateja de tradição fadista e com uma forte aptidão para as Artes. A sua paixão pela música e pelo canto despertou na infância, tendo começado a cantar fado com apenas 14 anos. Foi nestes primeiros anos que fortaleceu laços de amizade e aprendizagem com grandes nomes do fado que a incentivaram na arte da tradição fadista. Em 2001, foi convidada por Carlos Zel nas “Quartas de Fado” no Casino Estoril, ponto de partida para uma carreira que a levou a cantar nas melhores salas do nosso país e no estrangeiro. Célia Leiria canta, habitualmente, em diversas casas de fado de prestígio em Lisboa. Em 2011, lançou o seu álbum “Caminhos de Fado”.
Cremilda Medina
Nasceu e cresceu no Mindelo, ilha de São Vicente em Cabo Verde, e desde criança que a música faz parte da sua vida.
A morna, rainha dos estilos musicais de Cabo Verde, é a sua estrela guia. Tendo a cantora Cesária Évora como uma das suas principais referências, empenha-se numa carreira musical assente na tradição e valorização dos estilos tradicionais caboverdianos.
Em 2017, editou o seu primeiro disco “Folclore”, onde explora os ritmos tradicionais, em especial a morna e a coladeira, aventurando-se também no fado.
Em 2018, aquando da candidatura da morna a Património Cultural Imaterial da Humanidade, editou o single “Nôs Morna”, em dueto com Tito Paris, como forma de apoio à candidatura.
Reconhecida nacional e internacionalmente, Cremilda Medina empenha-se também na valorização e divulgação da morna, estilo musical que melhor retrata a essência do povo de Cabo Verde.
A morna, rainha dos estilos musicais de Cabo Verde, é a sua estrela guia. Tendo a cantora Cesária Évora como uma das suas principais referências, empenha-se numa carreira musical assente na tradição e valorização dos estilos tradicionais caboverdianos.
Em 2017, editou o seu primeiro disco “Folclore”, onde explora os ritmos tradicionais, em especial a morna e a coladeira, aventurando-se também no fado.
Em 2018, aquando da candidatura da morna a Património Cultural Imaterial da Humanidade, editou o single “Nôs Morna”, em dueto com Tito Paris, como forma de apoio à candidatura.
Reconhecida nacional e internacionalmente, Cremilda Medina empenha-se também na valorização e divulgação da morna, estilo musical que melhor retrata a essência do povo de Cabo Verde.
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Músicos
Pedro Amendoeira – Guitarra Portuguesa
Nasceu em Santarém e desde pequeno se dedicou à música. Aos 15 anos, entrou no conservatório e frequentou o curso de guitarra clássica. Começa a sua carreira como músico de fado, acompanhando os fadistas do Ribatejo, tocando viola-baixo. O gosto pela guitarra portuguesa acontece aos 25 anos, por ser inevitável a execução de um instrumento puramente fadista. Começou a tocar em noites de fado, um pouco por todo o país, tendo privado com os mestres Gilberto Silva e Carlos Velez. Pela mão deste último, é convidado para tocar para Nuno da Câmara Pereira, onde permaneceu alguns anos, surgindo depois o convite para tocar com Mariza. Ao longo da sua carreira, tem acompanhado nomes como Maria da Nazaré, Cidália Moreira, Celeste Rodrigues, Camané, Maria Amélia Proença, Fernando Maurício, Cristina Branco, Maria da Fé, Anita Guerreiro, Joana Amendoeira, Duarte, entre outros. É músico convidado de prestigiadas casas de Fado e faz parte do elenco da Fundação Amália Rodrigues, desde 2019.
Pedro Soares – Viola
Nasceu em Lisboa e com 7 anos começa a cantar fado, cultivando essa ligação à canção portuguesa por influência da sua irmã Rute Soares, também fadista. Aos 9 anos começa a estudar guitarra clássica e a ter simultaneamente aulas de viola de fado. Anos mais tarde, começa a tocar em algumas das mais emblemáticas casas de fado de Lisboa, acompanhando também, nas melhores salas de espectáculo do mundo, artistas como Ana Moura, Gisela João, Pedro Moutinho e Célia Leiria.