A pintura é a paixão maior deste colecionador de arte, a quem os ventos sopram de feição. Tem 73 anos, é engenheiro electrotécnico e um pioneiro da energia eólica em Portugal. Há hoje boas razões para o seguirmos até à Quinta de São João, na ilha da Madeira, onde a arte tem um lugar “à beira do paraíso”.
Uma galeria de arte pareceu-lhe um projecto tão natural como o vento que corre por entre os dias. E ao tornar-se proprietário da Quinta de São João, em Câmara de Lobos, na Madeira, propôs ao arquitecto João Costa Nóbrega, a construção de um lugar que albergasse a coleção de quadros que foi adquirindo ao longo da vida. Assim nasce a galeria Lourdes – homenagem prestada à sua mãe – que alberga agora parte da sua coleção privada composta por mais de 200 obras, com expressão maior do movimento modernista brasileiro mas onde a arte contemporânea portuguesa está também representada. O que faz de um homem de negócios um colecionador de arte? E porquê a ilha da Madeira?
O que faz andar o barco não é a vela enfunada mas o vento que não se vê. Aurélio Tavares é “Pessoa para Isso”.