Nancy Viera canta Domingo, 14 de Novembro às 17h e às 21h. Dois concertos.
Nancy Vieira é uma das mais reputadas artistas a explorarem no presente o imenso património musical de Cabo Verde que, no caso específico da morna, mereceu até distinção recente da Unesco como Património Imaterial da Humanidade. E em palco, Nancy é uma das grandes defensoras desse património estando habituada a apresentá-lo um pouco por todo o mundo: "Eu conheço a morna desde os meus 6 ou 7 anos de idade", diz-nos. "Sempre cantei os clássicos. E por isso, na véspera de um concerto, posso lembrar-me de um tema antigo que depois no espetáculo desafio os meus músicos a interpretarem comigo".
Em palco, Nancy gosta de se fazer acompanhar pelos seus músicos habituais, mas também gosta de receber convidados, por vezes até surpresas inesperadas: "Gosto de ter ao meu lado não apenas vozes de que gosto muito e com quem tenho trabalhado ao longo dos anos, mas também alguns músicos que admiro. Gosto sempre de ter surpresas nos concertos", admite a artista cabo-verdiana. A sua música que fala das viagens e o do mar, da saudade e da distância, vive de diferentes balanços, algo que confere sempre uma dinâmica especial aos seus concertos para que leva sempre mornas e funanás, coladeiras e mais música que se espraia pelo oceano e pelo mundo. A artista, que reside em Portugal, estreou-se em 1995, mas começou por dar nas vistas em 1999, quando surgiu numa compilação de título Música de Intervenção Cabo-Verdiana cantando ao lado do lendário Ildo Lobo. Lançou depois os trabalhos Segred (Praça Nova, 2004), Lus (Harmonia Mundi/World Village, 2007), Pássaro Cego (Arthouse, 2009), com Manuel Paulo, ou Nô Amá (Lusafrica, 2012). E foi já em 2018 apresentou o muito aplaudido Manhã Florida (uma vez mais com selo Lusafrica). Atualmente, Nancy prepara um novo trabalho, acrescentando novas canções a um reportório de excelência.