"Mães e filhos ocupam as ruas de uma cidade. Procuram as raízes da história e as estórias da revolução. Procuram conhecer essa Primavera que lhes escapou, essa Primavera pura e idílica que ainda sonham, essa Primavera humana e destroçada que vislumbram.
Trazem anedotas, gritos e boatos. Trazem freios nos dentes, cangas às costas, baldes e sonhos, promessas de destinos desconhecidos. Conhecem o peso dos sacrifícios e, como todos nós, tanto se entusiasmam e libertam como desistem e aprisionam.
Com a ironia e a acutilância de Manuel António Pina, esta encenação de João Brites, com composição musical de Jorge Salgueiro, conta com a interpretação ao vivo da Big Band Loureiros, oscilando entre o estrondo e o sussurro, entre a festa e o cansaço, entre a esperança e o derrotismo, entre a celebração colectiva e a amargura de cada um."
AINDA NÃO É O FIM NEM O PRINCÍPIO DO MUNDO CALMA É APENAS UM POUCO TARDE
18, 19, 25 e 26 de Maio
sextas e sábados às 21h30
Largo D’El Rei D. Afonso Henriques
Arrabalde – Centro Histórico | Palmela
de 31 de Maio a 10 de Junho
quinta a domingo às 21h30
local a denir | Lisboa
Teatro Bando apresenta:
Ainda Não é o Fim
A partir de crónicas e poemas de MANUEL ANTÓNIO PINA
dramaturgia JOÃO BRITES e MIGUEL JESUS
encenação JOÃO BRITES
composição musical JORGE SALGUEIRO
espaço cénico RUI FRANCISCO
oralidade TERESA LIMA
corporalidade VÂNIA ROVISCO
gurinos CLARA BENTO
adereços ISABEL CURTO
desenho de luz JOÃO CACHULO
desenho de som SÉRGIO MILHANO
com
ANA LÚCIA PALMINHA
BRUNO HUCA
CLARA BENTO
GUILHERME NORONHA
PAULA SÓ, RAÚL ATALAIA
SARA DE CASTRO
músicos
ABÍLIO COELHO
ANDRÉ BANHA
ANDRÉ CABICA
FILIPE CORDEIRO
JOÃO BARREIROS
JOÃO REISINHO
JOSÉ CANHA
LUÍS SANTOS
MARISA BORRALHO
PAULO FRAGOSO
RODRIGO BISPO
Teatro Bando
Fundado em 1974 e constituindo-se como uma das mais antigas cooperativasculturais do país, o Teatro bando assume-se como um colectivo que elege a transguração estética enquanto modo de participação cívica e comunitária.
As criações do bando denem-se pela sua dimensão plástica e cenográca, marcada sobretudo pelas Máquinas de Cena, e pelo trabalho dramatúrgico. Na sua maioria de autores portugueses, os textos encenados são a grande parte
das vezes obras não dramáticas, às quais a forma teatral confere outra comunicabilidade. O Teatro bando continua a procurar o singularismo das suas criações através duma metodologia colectivista onde se procura a diferença, a interferência, a ruptura, a colisão dos pontos de vista. Rural ou urbano, adulto ou infantil, erudito ou popular, nacional ou universal, dramático ou narrativo ou poético – tais as fronteiras que o bando se habituou a transgredir. Ao longo do seu trajecto o grupo esteve ligado a múltiplos projectos nacionais e internacionais e a aposta na itinerância continua a levar vários espectáculos por todo o país e além fronteiras. Depois de diversas moradas, de há onze anos para cá que o Teatro bando habita uma Quinta em Vale dos Barris – Palmela, onde se encontra um número ainda insuspeito de palcos potenciais feitos de estrelas, de oliveiras e penedos.