europeias em 1970, 1993 e 1995. Agora, numa organização conjunta da
European Bridge League (EBL) a da Federação Portuguesa de Bridge (FPB),
estão em competição cerca de 180 praticantes, dirigidos por dois Juízes
Árbitros portugueses de categoria internacional, Rui Lopes Marques e
José Júlio Curado.
(na imagem dois dos mais ricos homens do mundo. O bilionário investidor e
filantropo Warren Buffett e Bill Gates que foi o CEO da Microsoft,
ambos adeptos e jogadores de Bridge).
Cada jogador de um par senta-se frente a frente tendo como referência os pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste. O jogador que estiver sentado em Norte terá como parceiro o jogador em Sul (linha Norte-Sul) e estes terão como adversário o par de jogadores sentados em Este e Oeste (linha Este-Oeste).
Um jogo de bridge é dividido em 2 partes, o leilão e o carteio sendo o objectivo do jogo realizar o maior número de vazas possível.
No leilão chega-se a um contrato que pode ser trunfado, isto é, existe um trunfo que poderá ser um dos 4 naipes, ou Sem Trunfo.
O par que ganhar o leilão vai tentar cumprir o contrato com que se comprometeu (fazer entre 7 e 13 vazas, jogando com ou sem trunfo).
Do par que ganhou o leilão vai cartear o jogador que primeiro falou no naipe (ou sem trunfo), e esse jogador denomina-se o Declarante.
O adversário à esquerda do Declarante joga a primeira carta (Carta de Saída) e o parceiro do Declarante (que se designa por Morto) coloca as cartas na mesa (com o trunfo à direita), as quais ficam à vista de todos, e só jogará aquelas que o parceiro nomear
Em competição, o objectivo de cada par é conseguir uma pontuação melhor do que os restantes pares que joguem com as mesmas cartas e na mesma linha.
Historicamente o Bridge é um deriva do WHIST, um jogo de vazas praticado na Inglaterra, desde o início do século XVI – ver texto anexo
Desde então expandiu-se por todo o mundo, sendo hoje considerado um dos quatro Desportos da Mente, em conjunto com o Xadrez, as Damas e o Go. Estas quatro modalidades estão enquadradas, através das respectivas Federações Mundiais, na International Mind Sports Association – IMSA.
A IMSA, fundada em 2005, tem por objectivo organizar os World Mind Sports Games, também conhecidos como Olimpíadas da Mente, e promover a integração dos Desportos da Mente no Movimento Olímpico. As entidades internacionais que enquadram o Bridge enquanto Desporto são a World Bridge Federation (WBF) e a European Bridge League (EBL).
A WBF está dividida em oito zonas geográficas e tem 123 países membros que, por sua vez, enquadram cerca de 700.000 praticantes federados.
A nível nacional, a competição é organizada pelas respectivas Federações, que participam em competições internacionais, sob a égide da World Bridge Federation e das organizações zonais, no caso europeu a European Bridge League.
A ARBL por sua vez integra a FPB numa lógica de desporto federado regido pela legislação vigente.
A ARBL é uma entidade privada sem fins lucrativos e representa um universo de 17 clubes, a maioria situados na região de Lisboa, mas que se estende transitoriamente até ao Alentejo e Algarve.
Estes clubes constituem um colectivo de mais de 50% do total de praticantes federados (c. 1050), sendo o nº total de praticantes federados e não federados cerca do triplo.
O Bridge e a Sociedade
Bridge é para todas as idades – muito provavelmente é a única actividade desportiva que pode ser feita em conjunto por todas a gerações, e em que todas têm hipóteses de ganhar. É um mito que seja um jogo para pessoas idosas, sendo certo que é preferível começar a aprender enquanto jovem.
Bridge é benéfico para a saúde – há estudos que demonstram que melhora o sistema imunitário através do estímulo regular do cortex dorsolateral, o qual está envolvido nas funções mais elevadas do cérebro necessárias para poder realizar o jogo. Praticado regularmente mantêm o cérebro jovem e a mente desperta. Recentes pesquisas sugerem que pode inclusive retardar doenças degenerativas como o Alzheimer’s.
Bridge é divertido e estimulante – quem pratica nunca fica aborrecido pois combina os melhores aspectos de diferentes jogos desde o desafio cerebral do xadrez passando pela psicologia até ao estímulo da competição. Oferece uma combinação única de desafios e uma vez que cada jogo (mão) é diferente da anterior, o êxito resulta de uma combinação de técnica, táctica e espírito de colaboração com o parceiro.
Bridge é democrático – é praticado por pessoas de todas as idades, de diferentes extractos sociais e origens étnicas. Quando se sentam a uma mesa tudo aquilo que interessa aos praticantes é o desfrute do jogo, ao qual não se aplicam a maior parte dos preconceitos existentes.
Bridge não é caro – requer muito pouco equipamento e tem uma boa relação preço / tempo ocupado. Raramente é jogado a dinheiro.