José e Marie-Louise Brito Mendes, que viviam nos arredores operários de Paris durante a ocupação alemã, acolhem Cécile, uma criança judia, salvando-a. Fojgel, sua mãe, vê-se obrigada a fugir e esconde-se em Paris, mas é encontrada poucos meses depois. É levada para o campo de trânsito de Drancy, de onde saíam os comboios para os campos de extermínio. Antes da sua partida, Marie leva Cécile a ver a mãe uma última vez, através do arame farpado. Após esta despedida, José e Marie escondem Cécile do regime nazi até o final da guerra, arriscando as suas próprias vidas.
Salvar a vida de Cécile foi o que fez com que os Brito Mendes fossem reconhecidos como Justos entre as Nações, uma distinção atribuída pelo instituto Yad Vashem como reconhecimento a todos os não judeus que durante a Segunda Guerra Mundial salvaram vidas de judeus perseguidos pelo regime nazi. Com o apoio deste instituto, a Companhia de Actores apresentará no foyer do teatro uma exposição de reproduções de documentos originais da época, como fotografias e cartas.
A maior parte de nós arriscaria o nome de um português distinguido: Aristides de Sousa Mendes – e acertaria. Mas uma parcela quase inexistente saberia apontar um segundo nome. Na realidade, existem quatro portugueses reconhecidos como Justos entre as Nações, e esta é a história do, possivelmente, menos conhecido de todos eles: José Brito Mendes.
Um espetáculo de teatro inspirado em acontecimentos verídicos ocorridos na Segunda Guerra Mundial, escrito e encenado por Eduardo Molina.