No dia 12 de Março estreia no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço ZÉ-ALGUÉM, um espectáculo que questiona a família, o amor, o medo, Deus, a solidão, a validação do ser pelo ter.
Zé-Alguém é um monólogo onde a crítica social emerge em jeito de desabafos de um sem-abrigo. Entre a ficção e a realidade, descobrem-se as verdades dos que têm o céu, as pontes ou arcadas como tecto.
“… viver à luz da lua não é ser livre.”
Construído nas ruas da cidade de Lisboa pelos autores e encenadora, através de um trabalho de observação, captação, intervenção e criação simultâneos, Zé-Alguém procura falar sobre o que leva as pessoas à condição de sem-abrigo e sobre as angústias, memórias e sonhos que os sustentam, na esperança de devolver uma existência que lhes é diariamente negada.
Esta peça, ideia original de Cláudia Semedo, é uma estreia em todos os sentidos: Beware Jack, Carlos Afonso e Chullage estreiam-se na escrita para Teatro, Cláudia Semedo na encenação e Carlos Afonso nos palcos.
“Este espectáculo é sobre a gente que existe por detrás de uma aparência, de um estrato social. É sobre o sermos todos alguém e termos todos uma história. É sobre a humanidade nas interacções e sobre a dignidade da existência. Queremos que este Zé-alguém seja um apelo à magnitude do olhar individual sobre o colectivo do qual fazemos parte, dando ao teatro o papel principal neste acto de cidadania.”
Cláudia Semedo
FICHA ARTÍSTICA:
Autoria e Encenação: Cláudia Semedo
Assistência de Encenação: Tiago Fernandes
Texto: Beware Jack, Carlos Afonso e Chullage
Interpretação: Carlos Afonso
Sonoplastia ao vivo: soundslikenuno
Desenho de Luz: Sérgio Gaspar
Cenografia: Marta Carreiras
Figurino: Paulo Subtil
Design Gráfico: Paula Delecave
Fotografia: Zé Ferreira
Vídeo: Paulo Vintém
Frente de Sala e Direcção de cena: Maria João Gaspar
Produção: Nuno Pratas
Apoios: Antena 1, GUEL, Delta, Fundação GDA