Podia ter sido arquitecta, quis ser bailarina, mas foi no teatro que se encontrou.
A vida trocou-lhe os passos mas não os palcos. Aos 72 anos, a actriz prepara-se para interpretar a mãe de Marguerite Duras. É “o primeiro mergulho do ano” num texto nunca levado à cena em Portugal , a partir do romance “Uma Barragem Contra o Pacífico” .Estreia em Março, em Almada, na Companhia de Teatro que é a casa de Teresa Gafeira.
Actriz, encenadora, fundadora da Companhia de Teatro de Almada. Voz doce , olhar sereno,sorriso contagiante.
Percorremos os dias felizes de Teresa Gafeira e a relação íntima com as tábuas do palco. Quantas cenas, quantas personagens, tantas vidas se cruzam neste caminho, passados mais de cinquenta anos. Primeiro no liceu, depois na Companhia formada em 1971 por Joaquim Benite (ainda Grupo de Campolide), profissionalizada em 1977 , e que em 1978 se muda para a margem sul.
O compromisso com o público adulto e com o público infanto-juvenil a que se tem dedicado no papel de encenadora.O riso e o disparate que lhe moldam a personalidade. O cinema que gostaria de ter feito. A música que lhe desperta os sentidos.
Uma actriz também dança com as palavras.
Qual bailarina, Teresa Gafeira é “Pessoa para Isso”.