Nome: José Salgado
Localidade: Santarém
Letras: Quando te vejo / Novo fado de Lisboa
Quando te vejo
Quando te vejo e te faço abraço
Quando te sinto e te seco o cansaço
Quando te tenho nas mãos e nos dentes
Quando te bebo nas noites mais quentes
Sabe-me o corpo a verdade, a certeza
Sabe-me a voz a canção de pureza
Sabe-me o corpo a porta de abtigo
Sabes-me a vida quando estás comigo
E os anos que passaram não passaram por aqui
Tenho ainda toda a vida pr’amar tudo o que há em ti
E os beijos que me deste ficaram todas em mim
Mas ainda faltam muitos para se chegar ao fim
Em cada noite,em cada madrugada
Sinto-te nova, como que enfeitiçada
Sinto-te ilha de muitos segredos
Que desaguam por entre os meus dedos
E pouco a pouco sorvo a liberdade
De um amor puro sabendo a verdade
De uma viagem queie sempre partida
De um amor novo que renova a vida
E os anos que passaram não passarar por aqui
Tenho ainda toda a vida ptiamar tudo o que há em ti
E os beijos que me deste ficaram todos em mim
Mas ainda faltam muitos para se chegar ao fim
Novo fado de Lisboa
Trago na voz esta cidade hoje
Cintada ao Tejo, mulher que me ama
Existe uma viola em cada esquina
Uma guitarra é a forma de Alfama
O fado cresce tal como Lisboa
O fado é novo deambula à toa
Pelas ruelas, pelas avenidas
Do Areeiro até à Madragoa
Sobe ao Castelo, vai até à Graça
Desce à Ribeira é a própria praça
Mas também vai espiolhar Benfica
De Sete Rios dá um salto até à Bica
De autocarro vai mais que d’elétrico E vai de metro, já deixou o chora
Se o fado ‘inda é a canção de Lisboa
Já é maior o sítio onde ele mora
E tal como a gente que o ouve e canta
Pode morar até na outra banda
Pode ir de comboio até à Amadora
Já é maior o sítio onde ele anda
Sobe ao Castelo, vai até à Graça
Desce à Ribeira é a própria praça
Mas também vai espiolhar Benfica
De Sete Rios dá um salto até à Bica