Gandhi – A Portuguese Tribute to Gandhi
“Gandhi – Um Português Homenageia Gandhi” e é uma homenagem do compositor e flautista português Rao Kyao ao líder indiano Mahatma Gandhi (1869-1948), por altura das celebrações dos 150 anos do seu nascimento.
Igual e diferente. É assim Rão Kyao em 2021. Inalterável porque a matriz identitária da sua arte é singular, perene, apenas dele próprio.
Renovado porque existem novos elementos a adicionar ao que dele já se conhecia. Em março foi lançado o single Respeito pela natureza. Agora aí está o álbum Gandhi – Um Português Homenageia Gandhi que mostram um ser humano ambientalista, ligado à
espiritualidade e um humanista, capaz de reconhecer o legado futurista, global e pacifista do líder indiano Mahatma Gandhi (1986-1948). Mas há também um músico, um compositor e flautista na posse de todos os seus recursos, que propõe uma música que respira tanto de universalidade como de portugalidade.
É um álbum temático, orgânico, feito para ser experienciado em casa ou ao vivo, tanto podendo agradar aos admiradores fiéis, como abrir portas para uma nova geração que se revê na música e valores que difunde. Em Respeito pela natureza apela-se ao sentido ecológico de Gandhi, enquanto Deus é amor, é uma reflexão mística que culmina com aquela frase que nos unifica. Em Regresso às origens apela-se à autosuficiência e ao espírito de independência e em Paz é o caminho recorda-se, como dizia Gandhi, que “não há caminhos para a paz”. A paz é o caminho.”
O tema Misericórdia alude ao ponto fundamental da sua sabedoria religiosa, enquanto Sathya Graha, dá ênfase à filosofia do amor e da não-violência que sempre guiaram Gandhi e que acabaria por conduzir ao afastamento dos ingleses. Um dia o líder negro Martin Luther King afirmou: “Cristo é a mensagem. Gandhi é o método.”
Em Marcha do Sal evoca-se a caminhada até às salinas, organizada por Gandhi, e que juntou uma multidão em prol do direito ao sal, enquanto que o tema Independência refere-se ao ano de libertação, em 1947. Vaishnav jan to tene
Kahiye je é um tema muito amado por Gandhi, sobre as opções da humanidade, tendose tornado ao longo dos anos num hino que todos conhecem na Índia.
O tema final, Mahatma, na sua tradução literal significa Grande Alma, sobrenome atribuído a Gandhi pelo povo indiano.
Se do ponto de vista temático é uma obra que respira globalidade, do ponto de vista musical faz-nos viajar até ao Oriente sem que em nenhum momento saiamos das texturas, da identidade e também ritmos de Portugal, com influências tão diversas, do malhão ao fado, numa viagem que é, afinal, ao nosso interior. Música pacificadora, mas activa e encantatória, como o saber de Gandhi.
“Ele criou uma nova mentalidade nos indianos, um orgulho benigno em relação às suas origens”, refere Rão Kyao, “que os preparou para respeitar e perceber a riqueza da sua tradição. Não só fizeram o certo ao nível da relação com o passado, como recuperaram a independência económica e depois política em relação aos ingleses. Daí um tema como Regresso às origens. Ao mesmo tempo é notável como ele semeou a paz, no meio da luta, não respondendo à agressão, mas de uma maneira activa, promovendo sempre a igualdade entre todos os seres humanos. O seu pensamento é de uma actualidade inimaginável. Sendo que dois dos seus grandes seguidores foram Martin Luther King e Nelson Mandela."
Renovado porque existem novos elementos a adicionar ao que dele já se conhecia. Em março foi lançado o single Respeito pela natureza. Agora aí está o álbum Gandhi – Um Português Homenageia Gandhi que mostram um ser humano ambientalista, ligado à
espiritualidade e um humanista, capaz de reconhecer o legado futurista, global e pacifista do líder indiano Mahatma Gandhi (1986-1948). Mas há também um músico, um compositor e flautista na posse de todos os seus recursos, que propõe uma música que respira tanto de universalidade como de portugalidade.
É um álbum temático, orgânico, feito para ser experienciado em casa ou ao vivo, tanto podendo agradar aos admiradores fiéis, como abrir portas para uma nova geração que se revê na música e valores que difunde. Em Respeito pela natureza apela-se ao sentido ecológico de Gandhi, enquanto Deus é amor, é uma reflexão mística que culmina com aquela frase que nos unifica. Em Regresso às origens apela-se à autosuficiência e ao espírito de independência e em Paz é o caminho recorda-se, como dizia Gandhi, que “não há caminhos para a paz”. A paz é o caminho.”
O tema Misericórdia alude ao ponto fundamental da sua sabedoria religiosa, enquanto Sathya Graha, dá ênfase à filosofia do amor e da não-violência que sempre guiaram Gandhi e que acabaria por conduzir ao afastamento dos ingleses. Um dia o líder negro Martin Luther King afirmou: “Cristo é a mensagem. Gandhi é o método.”
Em Marcha do Sal evoca-se a caminhada até às salinas, organizada por Gandhi, e que juntou uma multidão em prol do direito ao sal, enquanto que o tema Independência refere-se ao ano de libertação, em 1947. Vaishnav jan to tene
Kahiye je é um tema muito amado por Gandhi, sobre as opções da humanidade, tendose tornado ao longo dos anos num hino que todos conhecem na Índia.
O tema final, Mahatma, na sua tradução literal significa Grande Alma, sobrenome atribuído a Gandhi pelo povo indiano.
Se do ponto de vista temático é uma obra que respira globalidade, do ponto de vista musical faz-nos viajar até ao Oriente sem que em nenhum momento saiamos das texturas, da identidade e também ritmos de Portugal, com influências tão diversas, do malhão ao fado, numa viagem que é, afinal, ao nosso interior. Música pacificadora, mas activa e encantatória, como o saber de Gandhi.
“Ele criou uma nova mentalidade nos indianos, um orgulho benigno em relação às suas origens”, refere Rão Kyao, “que os preparou para respeitar e perceber a riqueza da sua tradição. Não só fizeram o certo ao nível da relação com o passado, como recuperaram a independência económica e depois política em relação aos ingleses. Daí um tema como Regresso às origens. Ao mesmo tempo é notável como ele semeou a paz, no meio da luta, não respondendo à agressão, mas de uma maneira activa, promovendo sempre a igualdade entre todos os seres humanos. O seu pensamento é de uma actualidade inimaginável. Sendo que dois dos seus grandes seguidores foram Martin Luther King e Nelson Mandela."
Em Gandhi – Um Português Homenageia Gandhi, também existe uma mensagem, a do próprio Rão Kyao, a partir do saber de Gandhi: “É preciso que regressemos às origens, olhando para o que é universal, sem esquecer as especificidades e aquilo que nos distingue. Isso ilustra a minha postura em relação à música.”
Uma música que, em palco, recorre à prestação de cinco dotados executantes para ser melhor exposta.
“O álbum foi totalmente gravado "sem quaisquer aditivos", a pensar na sua apresentação ao vivo. É um disco que conta a história de um homem que através da paz ganhou a guerra. E essa história merece ser contada, ao vivo, musicalmente às
pessoas."
Recorde-se que o projecto começou como um desafio. As entidades oficiais da Índia lançaram um convite a 124 países para cada um deles escolher um músico que recriasse Vaishnav Jan to Tene Kahiye. “Foi então que a embaixada da Índia me convidou para conceber uma versão desse tema, a partir do facto de conhecerem a minha ligação com a música indiana”, afirma Rão Kyao, que depois de ter finalizado a recriação, obteve uma reacção imediata que não deixou de ser inesperada por parte do Primeiro Ministro da Índia, Narendra Modi, que o referenciou em todas as suas redes sociais."
Daí até que Rão Kyao mergulhasse, ainda mais fundo, na actualidade do pensamento de Gandhi, para conceber todo um álbum, foi um instante.
Eis-nos então perante mais um álbum de alguém que partiu do jazz e daí atirou-se ao mundo, do Oriente a África, da Europa às Américas, munido de flautas de bambu. Um embaixador da alma portuguesa. Uma longa carreira com muitos discos, imensos encontros e colaborações, muitas aprendizagens e inspirações, que o tornam no mais universal dos músicos portugueses. Nos últimos tempos nunca parou recolhendo os elogios da crítica e os aplausos do público com trabalhos como Fado Virado a Nascente (2001), Porto Alto (2004) ou Coisas Que a Gente Sente (2012) e Aventuras da sempre em trânsito pelo mundo. Agora ei-lo de volta, com grande música inspirada na vida e obra de Gandhi.
Uma música que, em palco, recorre à prestação de cinco dotados executantes para ser melhor exposta.
“O álbum foi totalmente gravado "sem quaisquer aditivos", a pensar na sua apresentação ao vivo. É um disco que conta a história de um homem que através da paz ganhou a guerra. E essa história merece ser contada, ao vivo, musicalmente às
pessoas."
Recorde-se que o projecto começou como um desafio. As entidades oficiais da Índia lançaram um convite a 124 países para cada um deles escolher um músico que recriasse Vaishnav Jan to Tene Kahiye. “Foi então que a embaixada da Índia me convidou para conceber uma versão desse tema, a partir do facto de conhecerem a minha ligação com a música indiana”, afirma Rão Kyao, que depois de ter finalizado a recriação, obteve uma reacção imediata que não deixou de ser inesperada por parte do Primeiro Ministro da Índia, Narendra Modi, que o referenciou em todas as suas redes sociais."
Daí até que Rão Kyao mergulhasse, ainda mais fundo, na actualidade do pensamento de Gandhi, para conceber todo um álbum, foi um instante.
Eis-nos então perante mais um álbum de alguém que partiu do jazz e daí atirou-se ao mundo, do Oriente a África, da Europa às Américas, munido de flautas de bambu. Um embaixador da alma portuguesa. Uma longa carreira com muitos discos, imensos encontros e colaborações, muitas aprendizagens e inspirações, que o tornam no mais universal dos músicos portugueses. Nos últimos tempos nunca parou recolhendo os elogios da crítica e os aplausos do público com trabalhos como Fado Virado a Nascente (2001), Porto Alto (2004) ou Coisas Que a Gente Sente (2012) e Aventuras da sempre em trânsito pelo mundo. Agora ei-lo de volta, com grande música inspirada na vida e obra de Gandhi.