Sábado 16 de Maio às 21h00 – Emissão Especial "Romance(s)" com António Macedo.
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1 Romance poderá ter 2 leituras musicais?
Ana Sofia Carvalheda conversou com a fadista Aldina Duarte e obteve a resposta.
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Chama-se Romance(s) o novo disco de Aldina Duarte. É um disco duplo.
Nele, Aldina Duarte canta, à guitarra e à viola, pela primeira vez, um romance escrito em verso, por Maria do Rosário Pedreira, para as melodias do fado tradicional.
O fado deste encontro de duas amigas, inesperadamente, passou a ser o fado de três amigos; Pedro Gonçalves, produtor musical do disco, inventa uma espécie de banda sonora para a mesma história, na qual Aldina Duarte reinterpreta os temas originais, sem guitarra nem viola, e com a participação de Ana Moura, Filipa Cardoso e Camané, surgindo assim um disco duplo que só podia chamar-se Romance(s).
Disco Um:
1. Declaração de intenções: Amor Em Dó Maior*
2. O encontro: As Duas Graças**
3. O namoro: Lugares- Comuns**
4. O casamento: As Noivas*
5. A vida em comum: Fada Do Lar**
6. Desacertos: Dois Ponteiros*
7. A suspeita: O Recado**
8. A traição: Fogo Posto**
9. A despedida: A Maçã De Adão*
10. A raiva: Labareda**
11. A saudade: Sem Chão*
12. O luto: Os Pontos Nos ii*
13. O recomeço: Cessar-Fogo*
14. Assinatura: Arte Do Fado
Disco Dois:
01 – Amor em Dó Maior
02 – As Duas Graças
03 – Lugares Comuns
04 – As Noivas
05 – A Fada do Lar
06 – Dois Ponteiros
07 – O Recado
08 – Fogo Posto
09 – A Maçã de Adão
10 – Labareda
11 – Sem Chão
12 – Os Pontos nos II’s
13 – Cessar-Fogo
14 – Arte do Fado
Aldina Duarte esteve nos estudios da Antena 1 à conversa com Ana Sofia Carvalhêda
“Abri o email e li-o com muita atenção. Era um convite para produzir este disco que tem nas suas mãos. Depois ligaram e só aí percebi que era realmente eu o destinatário e pensei: “Não percebo nada de fados…Nem sei se percebo alguma coisa de música”.
Ao conhecer melhor a Aldina e todo o seu mundo percebi, creio, que para ser fadista tem de se possuir qualidades raras: o profundo e sincero empenho, a entrega absoluta e uma generosidade abissal para com a música, músicos e ouvintes.
Passei semanas a pensar e experimentar, sem sucesso, soluções para este disco. Ouvi fadistas de várias gerações e estilos, música de todo o tipo, mas continuava sem encontrar a solução. Sabia apenas que para mim o fado era como filigrana e a simples ideia de o transformar num mutante criava-me calafrios. Até que o meu amor, Ainhoa Vidal, me revelou esta ideia genial de fazer dois discos. O primeiro seria de fado e o segundo a minha visão/versão destes fados. No fundo resumia-se a contar a mesma história como que através de pessoas diferentes.
Maior presente do que poder trabalhar com uma artista tão completa como a Aldina, foi ganhar a sua amizade e poder conhecer uma das pessoas mais extraordinárias que esta vida me deu.
Continuo sem perceber nada de fados, mas ganhei uma grande amiga para a vida.”
Texto de Pedro Gonçalves