A caminho dos 50 anos do 25 de Abril, a rádio está de novo em alerta para contar os percursos e as manobras que levaram à Revolução. E como, nos dias de hoje, o país celebra a Liberdade. Um programa do jornalista Mário Galego.
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A 9 de Setembro de 1973, um grupo de oficiais criou o Movimento dos Capitães. Movimento que derrubou o regime e libertou o país da ditadura. Há 50 anos, Álvaro Cunhal e Mário Soares reuniram-se para falar de Liberdade.
A Ala Liberal acabou após o encontro de Lisboa, entre 28 e 30 de Julho de 1973. Os dezanove deputados que queriam mudar o regime para a liberdade e democracia, desistiram. O marcelismo não estava disposto a mudanças.
O Movimento dos Capitães começou a desenhar-se na Guiné, em Junho de 1973, quando centenas de militares contestaram o Congresso dos Combatentes, no Porto, por apoiantes afectos ao regime. Foi o início da conspiração.
Como se celebrava o Dia do Trabalhador antes do 25 de Abril? À revelia dos patrões, em ajuntamentos populares, num piquenique ou com uso de roupa diferenciada, os trabalhadores nunca deixaram de celebrar o 1º de Maio.
Entre 4 e 8 de Abril de 1973, reuniram-se milhares de opositores ao Estado Novo para encontrar bases comuns para submeter às eleições desse ano. Foram quase 200 teses a favor da Liberdade e contra a Guerra Colonial.
Há 50 anos, as Brigadas Revolucionárias fizeram explodir bombas em edifícios militares na cidade de Lisboa. É um dos acontecimentos que marcam a Luta Armada em Portugal que durou até ao 25 de Abril de 1974.
«Tourada» venceu o Festival da Canção há 50 anos. A censura não entendeu a critica de Ary dos Santos à decadência do regime. Os 50 anos da liberdade vão ser celebrados até 2026 com a memória da luta contra a ditadura.
Nos 50 anos da morte de Amílcar Cabral, ainda falta conhecer ao certo o que se terá passado no dia 20 de Janeiro de 1973. Investigadores da história de Portugal em África revelam os possíveis cenários.
Regresso ao palco onde católicos progressistas romperam com a igreja, eterna aliada do Estado Novo. A vigília na Capela do Rato, com greves de fome e rebentamento de petardos, só terminou com a invasão da polícia.
O estudante universitário Ribeiro Santos foi assassinado pela PIDE, no decorrer de um encontro de contestação à guerra colonial, em Outubro de 1972. O episódio tornou mais radical a luta estudantil contra o Estado Novo.