O medronheiro é, talvez, a planta que mais serviço presta aos ecossistemas da bacia do Mediterrâneo.
Tem formação académica em Hotelaria, licenciatura em Dietética e Nutrição, mestrado em Gestão da Qualidade e Segurança Alimentar. Dá aulas no Politécnico de Leiria, nunca deixou de investigar as potencialidades do medronho, o fruto mais misterioso da sua infância, na Beira Baixa. É o criador do pão de medronho e fala com emoção de uma mata de medronheiros que descobriu certa vez, quando corria pelos campos perto de Cidadelhe, no concelho de Pinhel.
Conversamos no terraço de sua casa, em Fontes, perto de Leiria. A cem metros nasce o rio Lis que conseguimos escutar. Rui Lopes mostra com particular alegria a mancha de medronheiros na aba da serra de Aire e Candeeiros que vemos do lugar onde conversamos.
O criador do pão de medronho sustenta que, ao contrário do que é ideia corrente, há mais medronheiros espontâneos por hectare na Região Centro do que no Algarve. De qualquer modo, prepara-se para plantar alguns no quintal de sua casa, em Fontes.