Esta semana no “A1 Doc”, a repórter Linda Luz leva-nos numa viagem até à ilha açoriana das Flores, onde resistência cultural e tradição musical se entrelaçam numa história comovente. Vamos conhecer a banda filarmónica mais ocidental da Europa.
A Filarmónica União Operária e Cultural Nossa Senhora dos Remédios da Fajãzinha representa hoje o último bastião de uma tradição que já foi muito mais numerosa nesta ilha açoriana. Fundada em 1953, esta instituição enfrentou um período de silêncio durante 15 anos, até que em 1982 a comunidade local se uniu num esforço coletivo para fazê-la renascer.
Num passado não muito distante, cinco bandas filarmónicas animavam as festividades por toda a ilha. No entanto, o despovoamento progressivo das Flores silenciou as outras quatro, deixando apenas esta como guardiã de uma tradição secular que atualmente conta com 35 músicos.
A reportagem explora como, contra todas as adversidades demográficas e geográficas, esta filarmónica tem conseguido não apenas sobreviver, mas também inovar. Nos últimos anos, a instituição tem-se dedicado a diversos projetos musicais, incluindo a gravação de um CD e a realização de concertos que ultrapassam as fronteiras da ilha.
Com a sonoplastia de Tiago Matias, esta reportagem captura não apenas os sons da banda, mas também os ecos de resistência cultural de uma comunidade que recusa deixar morrer as suas tradições, mesmo quando a população diminui.
Uma viagem sonora imperdível pela resiliência cultural açoriana, onde cada nota musical é também uma afirmação de identidade e pertença.
Esta reportagem tem também uma versão legendada na página de Facebook do “A1 Doc” e no player abaixo: