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Imagem de Histórias de discos perdidos e achados
Os Beach Boys em 1967.
Popular Nuno Galopim | 10 nov, 2022, 09:25

Histórias de discos perdidos e achados

Há discos gravados que acabam depois na gaveta. Anos depois eventualmente são editados e o "Gira Discos" escuta hoje essas memórias.

Imagem de Histórias de discos perdidos e achados
Popular Nuno Galopim | 10 nov, 2022, 09:25

Histórias de discos perdidos e achados

Há discos gravados que acabam depois na gaveta. Anos depois eventualmente são editados e o "Gira Discos" escuta hoje essas memórias.

Gravar um disco e, depois, deixá-lo na gaveta… Parece um desperdício de esforço… Mas essa é um a situação que está longe de ser rara e são até vários os discos “perdidos” que ainda hoje continuam longe dos ouvidos de quem os gostaria de escutar. São exemplos disso um álbum que os Pink Floyd gravaram depois de Dark Side of The Moon (1973), usando objetos de uso familiar como fontes de som e que é habitualmente referido como Household Objects. Ainda hoje esse disco é um mistério. Dos Beatles nunca foi escutada a versão “original” do álbum que gravaram como Get Back nos primeiros meses de 1969 e cujas canções acabaram, com abordagens acrescentadas em sessões posteriores (sob o comando do produtor Phil Spector), no alinhamento de Let It Be, editado já em 1970. Também por conhecer está a versão elétrica que Bruce Springsteen fez do seu álbum Nebraska (1982). Parte dessas sessões surgiu depois em reedições e compilações, mas muito do material permanece inédito. Um outro exemplo pode ser Reportage, o álbum rock que os Duran Duran criaram depois de Astronaut (2004), o disco que tinha reunido a formação clássica do grupo. Inacabado, o disco acabou por ficar na gaveta, mergulhando o grupo (novamente sem o guitarrista Andy Taylor) em novas sessões, desta vez com nomes como Timbaland ou Justin Timberlake como colaboradores, daí nascendo Red Carpet Massacre. A este grupo podemos acrescentar vários discos de Prince que ficaram guardados no seu mítico “cofre” (ao qual chamava The Vault), assim como álbuns criados por nomes como os Green Day, Jimi Hendrix ou The Who, Neil Young, entre muitos mais… Mas por vezes faz-se luz e a música antes fechada a sete chaves acaba mesmo por chegar a disco, mesmo que muitos anos depois da data inicialmente projetada para o seu lançamento. E é precisamente entre esses casos de discos antes “perdidos” e agora “achados” que se faz a emissão desta semana do Gira Discos.

O mais célebre dos exemplos de discos perdidos e achados será Smile, dos Beach Boys. Era suposto ter sido o sucessor de Pet Sounds (1966), incorporaria o single Good Vibrations (1967) e procurava materializar uma visão ambiciosa de Brian Wilson, o principal timoneiro criativo do grupo. A dimensão da ambição criativa, o patamar de exigência de um novo e complexo labor em estúdio, em sessões intermináveis, foram algumas das forças que se abateram sobre o músico, que acabou por colapsar, deixando o disco inacabado. Em seu lugar criaram o menos impressionante Smiley Smile, tendo algumas das canções do disco inacabado surgido depois em alguns outros discos. O álbum seria recriado pelo próprio Brian Wilson, a solo, muitos anos mais tarde. E uma versão reconstruída de Smile seria mesmo lançada em disco já depois da viragem do milénio.

Este é um dos exemplos que escutamos neste episódio por onde passam ainda por um momento das sessões que Bob Dylan gravou com Johnny Cash em 1969 das quais quase nada chegou a disco na altura e que só em 2019 conheceram um lançamento que desse a conhecer um corpo maior dessas gravações. É também revisitado Dream Factory, um álbum que Prince criou a caminho de chegar a Sign O’The Times, mas que nunca tinha conhecido edição até que uma reedição desse álbum de 1987 nos deu a conhecer essas canções gravadas em 1986. Toy, o disco “perdido” que David Bowie gravara para ser o sucessor de hours… (1999), e que foi finalmente lançado em 2021, também é aqui outra referência. De Elton John esteve “perdido” até 2021 o álbum Regimental Sgt. Zippo, gravado entre 1967 e 1968. E dos Prefab Sprout só em 2009 o mundo escutou Let’s Change The World With Music, álbum criado entre 1992 e 1993, originalmente pensado para ser o sucessor de Jordan: The Comeback.

Além de álbuns integralmente perdidos, a história da música popular está repleta de faixas gravadas e mantidas inéditas mas que, anos depois, são recuperadas em reedições e compilações. Exemplos disso podem sera maquete de So Sorry I Said, uma canção que os Pet Shop Boys criaram para Liza Minelli (interpretada pelos próprios e, portanto, com a voz de Neil Tennant) que surgiu como extra numa reedição do álbum Introspective. Ou Some Kind of Fool, uma canção que os Japan gravaram nas sessões de Gentlemen Take Polaroids (1980), mas que surgiu apenas, 20 anos depois, como inédito numa compilação.

O mote para este episódio do Gira Discos é, contudo, um disco dos Duran Duran. Tem por título Medazzaland e não era um segredo absoluto, mas estava claramente esquecido e uma raridade difícil de encontrar. O disco deveria ter chegado às lojas de todo o mundo em 1997. Mas a editora que então os representava não deu ordem de edição, com exceção apenas nos EUA, Canadá e Japão, onde o disco então foi lançado (apenas) em CD. Nem mesmo o Reino Unido, o país de origem do grupo, viu o disco nas lojas a não ser nas versões importadas, sobretudo dos EUA e Japão. Na verdade só agora, 25 anos depois, Medazzaland teve lançamento global, desta vez nos formatos em vinil e CD.

Texto de Nuno Galopim

Ouça o Gira Discos na Antena 1 esta noite, de sexta-feira para sábado, logo após o noticiário da meia-noite.
Gira Discos

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