No dia em que passa um ano sobre o início da guerra na Ucrânia, a emissão da Antena 1 foi dedicada ao tema através de uma grande jornada temática com reportagens em direto (em Portugal e na Ucrânia), convidados em estúdio, música ao vivo e uma série de peças adicionais que abrem pontos de vista sobre este ano que passou. O tema passa ainda por alguma da música a escutar e será abordado também por programas habitualmente apresentados às sextas-feiras como a Geometria Variável (depois das notícias das 10h00) e o Contraditório (depois das notícias das 19h00).
Logo pela manhã, numa emissão especial que contará com condução de João Barreiros e Mónica Mendes, tivemos repórteres na Ucrânia, um outro repórter junto de uma família ucraniana a viver no Algarve e ainda mais um que nos falou a partir de uma escola onde foram acolhidas crianças ucranianas. Houve, entre as 07h00 e as 10h00, filmes dos acontecimentos ocorridos ao longo do ano, olhando os planos políticos e militares, as ações humanitárias e as consequências económicas deste ano de guerra. Haverá ainda convidados em estúdio para falar da adaptação dos refugiados a Portugal, sob o ponto de vista da educação e da saúde mental. No final da manhã António Manuel Ribeiro (dos UHF) cantou, ao vivo, em estúdio, a canção que dedicou à Ucrânia.
Ao longo do dia, tivemos mais focos na dimensão humanitária, mas também na cultura. Pelas 14h00, com Noémia Gonçalves a conduzir a emissão, Nuno Galopim notou como a música ucraniana encontrou espaços de comunicação internacional ao longo do ano. Logo depois foi debatido o modo como podemos explicar a guerra às crianças, numa conversa com os responsáveis da editora Betweien na qual abordámos o e-book A cor do meu medo e soubemos o que levou a editora a criar este livro.
Pelas 15h00, a emissão contou com a presença de elementos da associação humanitária Help UKR e escutaremos a história de Timur Miroshnychenko, o comentador habitual da Eurovisão na Ucrânia desde 2007, que fez o seu trabalho de comentário da Final de Turim o ano passado a partir de um bunker. Numa curta entrevista feita por Pedro Miguel Ribeiro comparámos ambos os cenários, 2017 (quando era um dos apresentadores da edição em que Portugal triunfou) e 2022, e ficámos a perceber como a Eurovisão é, para a Ucrânia, uma forma de resistência.
Às 16h00, agora com Filomena Crespo ao leme, Pedro Miguel Ribeiro lembrou o percurso do presidente ucraniano, recordando o que Zelensky foi até ao dia em que se tornou presidente da Ucrânia ainda hoje existe: nos dotes de orador ou na originalidade da comunicação. Nuno Artur Silva, e Nuno Markl foram aqui os dois dos autores de humor que nos ajudaram a refletir sobre este mesmo facto.
O pequeno formato Música Triste, de Miguel Esteves Cardoso, foi neste dia dedicado a este tema.
Depois das 17h00 lembrámos que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia foi marcada, logo nos primeiros meses, por várias medidas de boicote a filmes, livros e obras musicais de origem russa. Um ano depois do início do conflito, este cancelamento da cultura ainda se faz sentir? Rui Alves de Sousa foi perceber como é que a arte está a lidar com a guerra, através dos exemplos de um festival de cinema, de uma editora literária e de uma sala de espetáculos.
Ao serão, no programa Uma Noite em Forma de Assim, depois das 21h00, Jorge Afonso contará com a presença de convidados em estúdio para com eles encerrar esta jornada temática.