Distinguido com o selo EFFE para os melhores festivais em 2017-2018
Bruxelas anunciou a atribuição ao Terras sem Sombra do selo EFFE (Europe Festivals – Festivals de l’Europe) para 2017-2018. Esta prestigiosa marca, criada pela European Festivals Association (EFA) por iniciativa da Comissão Europeia, distingue os festivais que se destacam, no espaço comunitário, pela excelência da programação, pelo carácter inovador e pela criação de novos públicos. É considerado o mais importante “label” do sector, só outorgado, de acordo com a EFA, a um “núcleo cimeiro” de projectos artísticos.
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O Terras sem Sombra regressa em 2017 para promover, mais uma vez, um território que sobressai pelos valores ambientais, culturais e paisagísticos e apresenta um dos melhores índices de preservação na Europa.
Este festival tem como pano de fundo o Baixo Alentejo, realizando-se, em itinerância, nos concelhos de Almodôvar, Sines, Santiago do Cacém, Ferreira do Alentejo, Odemira, Serpa, Castro Verde e Beja, de 11 de Fevereiro a 1 de Julho.
Considerado um dos cinco melhores festivais do género na Europa, o Terras sem Sombra assenta em três pilares: Música, Património e Biodiversidade. A 13.ª edição pretende sobrelevar ainda mais estes três eixos, explorando e indo ao encontro de um território de gentes, cultura, inovação e empreendedorismo.
A música continua a ser a “porta” para o conhecimento desta região.
“Do Espiritual na Arte: Identidades e Práticas Musicais na Europa dos Séculos XVI-XX” é o mote para esta edição que, lembrando o título de uma célebre obra W. Kandinsky, se centra no diálogo entre a Arte e o Sagrado, numa perspectiva aberta e ecuménica, em que convivem o Cristianismo, o Judaísmo e o Islão, como foi timbre, durante séculos, na Península Ibérica. Depois do Brasil, em 2016, o presente ano tem Espanha como País Convidado.
Este fim de semana, dia 25 / 26 de março, o Festival Terras Sem Sombra faz uma paragem em Santiago do Cacém. Ana Sofia Carvalheda fez uma visita guiada a esta cidade alentejana.
Programação:
ALMODÔVAR
- 11 de Fevereiro
15H00 | VISITA GUIADA Centro histórico
21H30 | CONCERTO Igreja Matriz de Santo Ildefonso
Accademia del Piacere
- 12 de Fevereiro
10H00 | Pelas alturas do Mú – o Alentejo Serrano
ODEMIRA
- 4 de Março
15H00 | VISITA GUIADA Centro histórico
21H30 | CONCERTO Igreja de São Salvador
Polyphōnos
- 5 de Março
10H00 | Pelos meandros do Mira – um olhar sobre os gradientes do grande rio do Sudoeste
SANTIAGO DO CACÉM
- 25 de Março
15H00 | VISITA GUIADA Centro histórico
21H30 | CONCERTO Igreja Matriz de Santiago Maior
Brentano String Quartet
- 26 de Março
10H00 | A Paisagem Cultural em torno do Convento do Loreto – assegurar a sua continuidade
CASTRO VERDE
- 8 de Abril
15H00 | VISITA GUIADA Centro histórico
21H30 | CONCERTO Basílica Real de Nossa Senhora da Conceição
O Castelo de Barba-Azul, de Béla Bartók
- 9 de Abril
10H00 | Os passos do ciclo da lã
SERPA
- 6 Maio
15H00 | VISITA GUIADA Centro histórico
21H30 | CONCERTO Praça da República
Esperanza Fernández
- 7 de Maio
10H00 | Engenho humano e olival tradicional em torno da Serra de Ficalho
FERREIRA DO ALENTEJO
- 27 de Maio
15H00 | VISITA GUIADA Centro histórico
21H30 | CONCERTO Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção
Helena Gragera e Antón Cardó
- 28 de Maio
10H00 | O Sado – diagnóstico de um rio (ainda) desconhecido
SINES
- 3 de Junho
15H00 | VISITA GUIADA Centro histórico
21H30 | CONCERTO Igreja Matriz de São Salvador
]W[ ENSEMBLE & Enrique Bagaría
- 4 de Junho
10H00 | A fronteira entre o Atlântico e o Mediterrânico – à descoberta dos monges eremitas da Junqueira
BEJA
- 17 de Junho
15H00 | VISITA GUIADA Centro histórico
21H30 | CONCERTO Catedral
Coro Gulbenkian
- 18 de Junho
10H00 | O Homem e o Guadiana, elementos que estruturam a paisagem
Ligações:
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Festival Terras Sem Sombra
Recordando a edição de 2015
Fundado em 2003, o Festival Terras Sem Sombra premeia a descentralização cultural, a formação de novos públicos, a inclusão, a sustentabilidade e a irradiação do Alentejo.
Com concertos agendados em importantes igrejas históricas da Diocese de Beja, o Festival pretende construir pontes entre o património edificado religioso e a música, e divulgar os aspectos mais interessantes e genuínos da paisagem e biodiversidade.
Uma programação de qualidade internacional integra – para além dos concertos – conferências temáticas, visitas guiadas e acções de pedagogia artística.
A valorização dos recursos naturais constitui outra das suas prioridades: a cada espectáculo associa-se uma acção de em prol da biodiversidade, com a participação, ombro a ombro, dos artistas, do público e das comunidades.