- No Escurinho do Cinema
- Mostra de Cinemas Ibero-americanos
- 4 a 16 Dezembro
Com a curadoria de Carlos Nogueira (Portugal) e Teresa Toledo (Cuba), esta mostra de cinema, com cerca de 40 filmes, será formada por uma escolha que parte de amplos critérios de seleção, na qual a qualidade foi a premissa fundamental. Trata-se de um conjunto de obras, de ficção e não-ficção, que se caracteriza pela multiplicidade de pontos de vista e pela reflexão estética.
A mostra inclui uma diversidade de propostas estéticas e narrativas, com uma forte presença de filmes que trabalham com a investigação da linguagem cinematográfica e que possuem um marcado acento autoral.
Apresenta um cinema que, para oferecer novos imaginários, faz da apropriação de códigos de vários géneros, o seu ideário. E todas as obras são inéditas em Portugal.
Trata-se de uma oportunidade única para conhecer de perto a riqueza criativa dos cineastas do mundo ibero-americano e algumas das obras mais notáveis da produção recente do seu cinema.
Abertura: AQUÍ NO HA PASADO NADA de Alejandro Fernández Almendras (Chile) – escolhido recentemente por críticos como o melhor filme chileno do século XXI
Encerramento: LA DEFENSA DEL DRAGÓN de Natalia Santa (Colômbia) – estreado no último Festival de Cannes (secção Quinzena dos Realizadores)
Alguns filmes presentes:
- ESPACIO SAGRADO de Felipe Esparza (Peru)
- LA LUZ INCIDENTE de Ariel Rotter (Argentina)
- EJERCICIOS DE MEMORIA de Paz Encina (Paraguai)
- IXCANUL de Jayro Bustamante (Guatemala)
- LA RECONQUISTA de Jonás Trueba (Espanha)
Acerca de Lisboa, capital ibero-americana de Cultura de 2017
"A cidade de Lisboa foi eleita pela União das Cidades Capitais Ibero-Americanas para ser, em 2017, a Capital Cultural deste universo tão diversificado em termos de geografia, clima, cidadãos, línguas, economias, tradições, práticas culturais, linguagens artísticas, imaginários, legados culturais, criadores e que, no conjunto de todas as cidades, reúne mais de 120 milhões de pessoas oriundas da Península Ibérica, das Américas do Sul Central, México e dos países das suas diásporas.
Lisboa, hospitaleira e luminosa – atributos internacionalmente reconhecidos – será, ainda mais, um lugar de encontro, uma plataforma de convivialidade e de visibilidade de múltiplas formas de expressão e de outras tantas formas de receção. Não se confinará, contudo, à condição de lugar de chegadas e de partidas, como o anuncia a expressão Passado e Presente que antecede a designação Lisboa Capital Ibero-Americana de Cultura.
Em Lisboa poder-se-ão ver traços, rotas, testemunhos do Passado, nem sempre grandioso, nem sempre heróico. As narrativas das passagens e das presenças dos afrodescendentes transportados para as Américas serão reveladas através dos objetos que aqui foram deixados, vocábulos, topónimos; o mesmo se fará relativamente à presença dos latino-americanos migrantes dos dois lados do Atlântico, em trânsito conforme a maior ou menor adversidade das circunstâncias de um ou outro lado do Atlântico. Serão assim resgatadas, através de muitas atividades, as vidas, as expectativas e, naturalmente, as desilusões de quem aqui passou, parou ou aqui se estabeleceu. Em Lisboa se fará a História do que foi a invenção do Paraíso, os americanos Países de Futuro.
E ao Presente dedicaremos exposições, concertos, lições, cinemas, oriundos de cidades que, muitas vezes, entre si, distarão milhares de quilómetros, com cidadãos que, falando – como línguas da comunidade- o português e o castelhano, utilizam outras línguas maternais ou de adoção, articulando pronúncias diversas, do galego ao guarani. No Presente celebraremos a festividade conjugada com a criatividade e com a reflexão crítica, nem sempre consensual, decerto.
Na programação de Passado e Presente Lisboa Capital Ibero-Americana de Cultura, 2017 estão envolvidos mais de quarenta equipamentos culturais entre os quais os que dependem da Câmara Municipal de Lisboa e do Ministério da Cultura, a que se associaram outros de organizações culturais que responderam, com entusiasmo, à proposta da CML de se envolverem com projetos próprios tendo como referência a Carta Programática de Lisboa.
A programação contará com mais de centena e meia de atividades e nelas participarão centenas de artistas, produtores, professores, divulgadores, para, em conjunto com os lisboetas, construírem a Cidade Cultural."
Fonte: http://lisboacapitaliberoamericana.pt/pt