Nome: Nogueira da Silva
Não sejas tão má para mim
Sabes bem quanto eu te quero
Eu sou um rapaz sincero
Porque me tratas assim
Eu faço tudo por ti
Tu nem precisas pedir
Porque é que eu não te apeteço
Sabes bem como eu mereço
Não posso passar sem ti
REFRÃO
Porque é que tu és fraca assim
E nunca tens pena de mim
Eu que só não quero que tu sejas infeliz
Se gostas doutro diz-me já
Que eu vou saber onde ele está
Pra lhe dar dois bananos no nariz
Vou tratar de te esquecer
Assim mais vale morrer
Se não dás a volta ao texto
Eu arranjo um pretexto
E vou pirar-me daqui
Se um dia pensares em mim
E me pedires pra voltar
Eu nem conto até dez
Vou mazé dar corda aos pés
E venho a correr para ti
REFRÃO
***
Para semente diz-se e mais se diz
Que outros fulgurantemente linda
Se tornou velha, inválida, infeliz
Perdem os deuses velhos e doentes
Fingir que morrem, o que deles fica
Basta para que herdeira dessas mortes aparentes
Sempre ela seja cada vez mais rica
Sentis passar no ar um sopro ou aura
Ouvis cantar no fim de tudo uma não sei que voz
Ei-la que velha, inválida, infeliz
A sua decadência vela por nós