“Gosto de música e adoro pessoas. Quero acreditar que sou um best of de tudo o que vivi, das influências da música de rua – que, se espremermos bem, também é fado – às grandes fadistas portuguesas”. Produzido por Ângelo Freire, o álbum conta com letras do fadista António Rocha, do cantautor Carlos Leitão, dos fadistas Teresinha Landeiro, Hélder Moutinho e Tiago Correia, Ana Lúcia, dos músicos Paulo Valentim, Nuno Figueiredo, de Fernando Gomes e de Francisco Guimarães, ou da cantautora Cátia Oliveira, A Garota Não. Também eles e elas referências para a jovem fadista: “São visões completamente diferentes de mim e da vida. Eles acharem que eu consigo interpretar, é inacreditável”.
São 13 temas, num misto de composições tradicionais e originais, onde a herança do fado se encontra com a irreverência de quem não nasceu nesse mundo, mas o conquista a cada dia, em cada atuação, em cada fechar de olhos, em cada aplauso. É sentimento, o que Beatriz Felício tem para oferecer: “Todas as escolhas foram feitas com um fundo de verdade, espero que se identifiquem. Estou muito feliz e só tenho que agradecer ao fado ter entrado no meu caminho e por tudo o que vivi. Com 25 anos, já tenho uma grande mala cheia de coisas. Esta mala passou a ser um disco com uma história para contar.”