Começamos em Lisboa! De hoje até domingo está de regresso o FUSO. É a 16.ª edição do Festival de Videoarte Internacional de Lisboa, e vai acontecer em vários jardins dos Museus da cidade: no Museu Nacional de Arte Contemporânea, na Fundação EDP, no Museu da Marioneta, no Palácio Sinel de Cordes, no Palácio Galveias, e no Espaço Duplacena. Um festival gratuito que traz então a videoarte com a presença de artistas e curadores internacionais, que inclui uma mostra de videoarte dos Açores, concurso e outras iniciativas. Para hoje às seis e meia o Duplacena tem conversa sobre a edição deste ano do FUSO, cujo tema é “resistência, mais uma vez”, à qual se segue uma mostra de obras de videoarte, com os vídeos dos Açores a poderem ser vistos por lá até 7 de setembro, de quarta a sábado das cinco às oito. Mais informações em fusovideoarte.com.
“E Se Hoje Ainda Houvesse Lápis Azul?”. É uma pergunta para quem está pelo Seixal. Há uma exposição para descobrir na Oficina de Artes Manuel Cargaleiro em que toda a família pode participar, e descobrir o que mudou com o fim da censura, numa visita dialogada muito especial. Até sexta-feira há visitas sempre entre as dez da manhã e o meio dia, e entre as duas e as quatro. A participação é gratuita mas está sujeita a inscrição. Mais informações em cm-seixal.pt
Temos música com uma noite de Jazz no Porto! Está marcada para hoje a partir das sete e até às onze no Hard Rock Café, a música será assegurada por Nino Costa e convidados. Uma maneira diferente de aproveitar esta terça-feira.
Terminamos no cinema com estreias da semana passada. A primeira é uma proposta dupla de uma realizadora da Moldova! Chama-se Kira Muratova e estrearam agora em Portugal os dois primeiros filmes que assinou a solo, que já têm mais de cinquenta anos! “Breves Encontros” e “O Longo Adeus”. São a prova do talento de uma cineasta que viu estes filmes serem censurados pelo regime soviético, e que agora têm sido redescobertos em cópias restauradas. A distribuidora Midas Filmes apresenta esta dupla de filmes como “retratos fabulosos de mulheres, sobre os papéis de género, as relações, os desejos, mas que mostram também a vida quotidiana sob o regime soviético”.
Eu já vi “Breves Encontros” e fiquei surpreendido, é um filme peculiar com um triângulo amoroso, com a própria Kira Muratova a assumir uma das personagens, numa narrativa que nos dá uma visão especial da vida no final dos anos sessenta e as suas várias contradições. Dois filmes de Kira Muratova para descobrir nos cinemas, para já só em Coimbra e em Lisboa. Pode ser que cheguem a mais cidades em breve.
A segunda estreia a destacar é “Terra Queimada”, um thriller do alemão Thomas Arslan que é o segundo tomo de uma trilogia (o primeiro pode ser visto na plataforma Filmin), com as peripécias de Trojan, um ladrão profissional que regressa a Berlim para preparar um grande golpe para ficar com uma série de quadros valiosíssimos. É um filme então centrado na preparação desse golpe, que poderá correr mal. Ainda não vi este filme mas estou muito curioso e está em exibição em Braga, Porto, Guarda, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Lisboa e Setúbal. A primeira semana de uma estreia de cinema é sempre importante, por isso se tiverem curiosidade para ver “Terra Queimada” aproveitem.