“The Future” (1992), escolhida por Inês Maria Meneses
A autora do podcast “Fala com Ela”, da Antena 1, guarda a memória de Cohen como um cavalheiro entre a melancolia e o humor. “Não teve pudor em usar palavras tabu”, explica, ilustrando com a faixa-título do álbum “The Future”, usada no filme “Assassinos Natos” (1994).
“Famous Blue Raincoat” (1971), escolhida por Isilda Sanches
Quem anda “À Volta do Groove” também aprecia a “tristeza existencial” de Cohen. A locutora da rádio pública ouviu esta canção, pela primeira vez, numa coletânea do seu irmão. Não era necessário compreender a temática do adultério para se deixar fascinar – e, mais tarde, inspirada pelo título, comprar a sua própria gabardina azul.
“First We Take Manhattan” (1988), escolhida por João Gobern
O nosso cicerone pelo “Bairro Latino” escolhe uma faixa à base de sintetizadores, retirada do álbum “I’m Your Man”. É um reflexo de várias dimensões: o escritor tornado músico, voraz nas suas abordagens à música popular, poeta propenso a muitas interpretações filosóficas.
“Hey, That’s No Way to Say Goodbye” (1967), escolhida por Luís Oliveira
Judy Collins participa nesta aparente canção de amor, em que Cohen assume um timbre mais doce do que aquele com que o viemos a associar. A verdade é que se canta, aqui, o desamor. O radialista da Antena 3 situa-a numa obra de eterna busca: “ora metafísica, ora carnal, ora religiosa, um diálogo constante entre o sagrado e o profano”.
“Suzanne” (1967), escolhida por Margarida Pinto Correia
Uma das apresentadoras de “Cinco à Quinta”, novo programa da Antena 1, seleciona a canção de assinatura de Cohen. Uma mensagem a uma bailarina “que dançou com a alma de Cohen, nunca com o corpo”; uma rara canção, diz Margarida Pinto Correia, porque cria “o seu próprio cenário”, a que voltamos tantas vezes.
“Tower of Song” (1988), escolhida por Samuel Úria
Para o cantautor português, Cohen está no seu “pódio de devoções”: uma figura a quem prestou tributo aquando da sua morte em 2016; fica grato por agora celebrar o seu aniversário. Samuel Úria recorda um “escritor de melodias riquíssimas, mesmo quando parece que é só um senhor de voz grossa a sussurrar” – lá do alto, da torre da canção.
“One of Us Cannot Be Wrong” (1967), escolhida por Tomás Wallenstein
O vocalista dos Capitão Fausto “acaba sempre por regressar regularmente” à obra de Cohen: um antídoto para um bloqueio criativo. Esta canção, retirada de “Songs of Leonard Cohen”, o álbum de estreia do canadiano, tem acompanhado o artista em tempos recentes.