Hanami, a primeira longa-metragem da autora luso-cabo-verdiana e a descoberta do lugar que se ocupa no mundo. A ilha do Fogo é o cenário do filme que agora chega às salas de cinema. Denise Fernandes traz na bagagem dois prémios e uma tela para o infinito. A natureza da ilha e a natureza das pessoas. Partir ou ficar.
Nana, a menina de cabelo bravo terá a possibilidade de escolher. Cresce ao cuidado dos avós paternos, depois de pai e mãe deixarem a ilha, nessa escala de vida que molda a identidade cabo-verdiana. Mesmo quando parece distante, adormecida. Tal como Nana, Denise cresceu com os avós até aos 3 anos, Nasceu em Lisboa, emigrou para a Suiça, e Cabo Verde era um. lugar longínquo, apesar do crioulo falado em casa, das músicas de Cesária Évora, das letras antes das melodias. Aos 34 anos, vê a sua primeira longa metragem distinguida em Locarno- melhor cineasta emergente- e no IndieLisboa – melhor filme da competição nacional- chegando às salas de cinema com argumentos que nos pedem olhos bem abertos para a contemplação inspirada na tradição japonesa do Hanami.
Denise Fernandes é Pessoa para Isso