Nesta emissão do “Gramofone” celebramos os 75 anos de vida de um músico e produtor que deixou marcas na nossa música desde a segunda metade da década de 1960. Junto do grande público, talvez poucos sejam os que não recordam a canção “Dai-Li-Dou”, com música sua e letra de Carlos Quintas, que em 1978 venceu o Festival RTP da Canção na interpretação dos Gemini.
Como baterista e filho de baterista, Vítor Mamede surgiu com os Chinchilas, ao lado de Filipe Mendes, e depois passou por grupos como o Sindicato, o Quarteto 1111 ou os Green Windows. No início dos anos 80, foi produtor de “Vila Faia”, a primeira telenovela portuguesa.
Nesta primeira parte da conversa, ficamos a conhecer melhor como o músico deu os passos iniciais na carreira de estúdio, ao lado de Pedro Osório e Thilo Krasmann, e a importância do jazz e da música brasileira na sua formação.
Nomes como Jorge Palma ou Rão Kyao são alguns dos músicos com quem Vítor Mamede colaborou numa fase inicial dos percursos de ambos, apresentando-se aliás com eles na formação do grupo Sindicato que tocou no Festival de Vilar de Mouros de 1971. O trabalho ao lado de José Cid é também um dos eixos fundamentais na obra de Vítor Mamede.