3 noites de musicas do mundo no Porto: Ana Sofia Carvalheda
conversou com os programadores do Festival Etnias/OlliKan que tem inicio logo
mais…
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Nas suas 5ª edição – Ollin Kan – e
10ª edição – Etnias – os festivais juntam-se numa parceria que
fortifica ambos, sublinhando a sua missão, cruzando os seus públicos e
enriquecendo os conteúdos programáticos.
O Festival de Músicas do Mundo Etnias celebra
os sons inspirados nos cinco continentes e promove a harmonia e o entendimento
entre culturas. Ritmos diversificados de instrumentos musicais oriundos de
culturas espalhadas pelo mundo, fundem-se, e propiciam um encantamento e
fervilhar emocionante que se traduzem em alegria e festa. Uma comemoração à
diversidade cultural.
O Festival Internacional das Culturas em
Resistência Ollin Kan é uma aproximação a um outro olhar, aquele que
resistiu e defendeu as suas heranças e alternativas culturais, sendo um dos
festivais mais importantes do mundo. O Festival Ollin Kan é assim um encontro
vigoroso entre os povos que nos brindam com músicas e danças provenientes de
todos os continentes.
PROGRAMA:
DIA 13,
QUINTA-FEIRA, espaço Contagiarte
ABERTURA do Etnias
/ Ollin Kan
22h00
RODRIK
Mal
ouvi o som de um didgeridoo e tive a oportunidade de o experimentar, senti uma
enorme ligação ao instrumento. Desde então, liguei-me ao movimento de músicos
de didgeridoo existente em Barcelona e, com a ajuda de músicos mais
experientes, comecei a tocar didgeridoo de uma forma mais regular e
disciplinada, participando em encontros, jam sessions, festivais e concertos.
Descobri no didgeridoo uma poderosa forma de expressão, meditação e
relaxamento, exteriorizando através dele toda a minha musicalidade interior e
misturando-a com variados estilos musicais. Durante este período de pesquisa e
descoberta participei em oficinas com os mais influentes e referenciados
artistas contemporâneos do dodgeridoo, provenientes de diversas partes do
mundo. Também fiz uma longa viagem pela Europa, tendo como principal referência
a música de didgeridoo. Tive a oportunidade de tocar em bares, clubes e
festivais, sempre á procura de novas fusões musicais, tendo tocado com variadíssimos
músicos, de música country, jazz, funk, étnica, ritmos tribais, africanos,
sul-americanos, folk e até música electrónica. Esta experiência fortaleceu a
minha relação com o didgeridoo, tornando-se numa das minhas maiores paixões.
Actualmente estou a desenvolver diferentes projectos musicais, e também
aproveito os tempos livres para explorar e experimentar novas e diferentes
fusões musicais. Básicamente, a minha intenção é promover o dodgeridoo nas suas
variadas potencialidades e possibilidades e espalhar a mensagem do dodgeridoo
por todo o mundo.
23h00
CURASOM
Apresentação do projecto CURASOM, uma
marca que levará aos portuenses e portugueses diversos instrumentos eruditos e
oriundos de diversas partes do mundo. Há um enredo em volta deste conceito. O
Som leva-nos à ORIGEM do MUNDO, deixa-nos navegar no nosso íntimo ser e
desperta o nosso ser criança (…) Ricardo Swami Saudade, mentor do
projecto Curasom, além de uma breve apresentação do projecto e dos instrumentos
utilizados para o mesmo, que podem ser inclusive experimentados pelo público,
irá congratular-nos com um pequeno concerto de Space Drum.
23h30
RE-TIMBRAR
(…)
Numa fusão de tradição e contemporaneidade, cria-se, assim, a novidade. Com a
acção de todos, e as influencias de cada um, cria-se, assim, um estilo musical
global: novo e antigo, local e longinquo, todas as visões são benvindas neste
processo de redescoberta das raízes específicas da música portuguesa. (…)
A
oficina procura, em palco ou fora dele, sensibilizar o público, divulgando o
potencial rítmico e melódico dos instrumentos de percussão portugueses,
inserindo-os nos variados géneros musicais. Parte-se de um pressuposto de
participação de todos, sendo que todos são, então, público, e simultaneamente,
parte activa da actuação. Misturando o tradicional, tantas vezes esquecido e
mal-amado, com o contemporâneo e actual, a oficina Re-Timbrar procura
reconciliar a música com a tradição. Tornando todas as pessoas parte deste
movimento, impulsiona-se a música portuguesa, incentivando a criação de novas
sonoridades tradicionais. Numa fusão de tradição e contemporaneidade, cria-se,
assim, a novidade. Com a acção de todos, e as influências de cada um, cria-se,
assim, um estilo musical global: novo e antigo, local e longínquo, todas as
visões são bem-vindas neste processo de redescoberta das raízes específicas da
música portuguesa.
Sonoridades, dia
13: NOITES
FOLK
com Osga (programador do festival Etnias)
DIA 14,
SEXTA-FEIRA, Casa da Música
KRISTOFF SILVA
22h30
Kristoff Silva, natural de Belo
Horizonte, é reconhecidamente um dos artistas mais versáteis da sua geração.
Actua como violonista, cantor, compositor, professor de teoria musical e autor
de músicas para teatro e dança. Em 14 anos de profissão, já se apresentou ao
lado de artistas como Caetano Velloso, Elza Soares, Zé Miguel Wisnik, do
diretor teatral Zé Celso Martinez Correa, das cantoras Mônica Salmaso, Alda
Rezende, Ná Ozzetti, Virgínia Rosa, além da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais
e do grupo UAKTI. Recentemente foi seleccionado entre mais de 1410 artistas
inscritos em todo o Brasil, no projeto "Rumos Itaú Cultural", que faz
uma cartografia da produção musical feita atualmente no país. Escreveu o ‘Livro
de Partituras’ de Zé Miguel Wisnik, elogiado por Arthur Nestrovski como "as
mais bem grafadas da canção brasileira até hoje".
23h30
ZOOBAZAR
Os ZOOBAZAR são um quarteto de música do mundo de Madrid,
cujos membros já tocaram nas bandas mais importantes de música do mundo de
Espanha, tais como RADIO TARIFA, LA MUSGANA, ELISEO PARRA, JAVIER PAXARINO,
MASTRETA…
A banda quis experimentar um novo mundo de sons e criar uma
nova fronteira instrumental, baseada na música tradicional, combinando vários
elementos mediterrâneos, como o folklore ibérico, musica dos Balcãs, da Grécia,
da Turquia, Médio Oriente, África do norte, Flamenco e Rock, Funk, Jazz e
Música Indiana.
Os ZOOBAZAR conseguem criar um som muito pessoal e único ao
compor melodias claras e cativantes, entrelaçadas com solos virtuosos e hábeis
baseados em ritmos fortes e sólidos e grooves com arranjos de diferentes
progressos harmónicos. Também sabem encantar os ouvintes com melodias profundas
e lentas ao usar introduções longas tipo "taksim" (solos Árabes) nas quais
expressam com os seus instrumentos um leque variado de sensações musicais,
sendo o sílêncio uma parte importante da música e elevando o público a uma nova
dimensão musical. (…)
Os ZOOBAZAR são Amir-John Haddad – Ud árabe acustico e
eléctrico, Saz Turco e buzuki. Diego Galaz – Violino, Violino-trompete
(stroviol) e Mandolim. Pablo Martin – bateria e percussões, como durbake, riq,
bendir etc. Hector Tellini – Baixo electrico.
00H30
MU
Os
Mu iniciaram o seu percurso musical em 2003. Em busca de fusão e de
experimentação no seio da música tradicional, muitos foram, e continuam a ser,
os estilos que caracterizam esta banda portuguesa. Os seus membros dedicam-se
aos mais variados instrumentos provenientes dos quatro cantos do mundo, o que
permite a este projecto viajar por distintas culturas e sonoridades
tradicionais e de fusão. A junção de instrumentos oriundos da Índia, Suécia,
Egipto, Brasil, Marrocos, Austrália, entre outros, permitiu aos Mu descobrir na
música uma viagem por mundos perdidos e resgatá-los atá à actualidade. Entre
danças esvoaçantes, vozes femininas e instrumentos variados, os Mu criam ao
vivo um momento de alegria contagiante. Nos seus espectáculos, a energia viaja
no ar e invade os corpos impelindo-os a dançar num mundo sem limites.
(…)
Ao
longo do seu percurso os MU contam já com três trabalhos discográficos,
Mundanças (2005), Casanostra(2008) e Folhas que Ardem (2012).
Sonoridades, dia
14: WORLD
MUSIC PARTY com
António Pires (autor do blog Raízes e Antenas), no espaço Contagiarte.
DIA 15, SÁBADO,
espaço Contagiarte
ADDUCANTUR
Addūcantur
é do mundo e faz-se com amor às sonoridades, umas longínquas e outras de bem
perto e é essa sugestiva fusão que nos leva em viagens…
É
em 2008 que surgem das cordas obstinadas e vibrantes de José Correia e Nuno
Silva, as primeiras composições musicais deste projecto que com um percurso
atipico foi-se afinando as exigências da música. Se foi com o nome
Elementos que se apresentou, num golpe de ousadia criativa afirmou-se
recentemente como Addūcantur. Addūcantur é do mundo e faz-se com amor às
sonoridades, umas longínquas e outras de bem perto e é essa sugestiva fusão que
nos leva em viagens, a sítios cuja atmosfera onírica nos faz pensar conhecer de
uma memória ou de um sonho. A música é para ouvir, observar e absorver, a sua
natureza contemplativa e densa, desenha fluídos fraseados de humores
oscilantes, entre o carácter complexo da música erudita e a pureza da música
étnica.
É com enorme prazer que Eloísa d´Ascensão na Voz; José Correia na guitarra
clássica, guitarra acústica fretless, duduk e flauta de bisel contralto ; Luiza
Bragança no sintetizador/piano; Nuno Silva no saz, santur persa, oud e bouzouki
e Sérgio Henrique no tar, riq, darbuka e udu, vos convidam a viajar.
23h00
LUGARES
DA PELE
Stong
Pa Nyid E Iris Lican combinam a fotografia e o movimento num trabalho de
criação em tempo real. Todas as imagens foram criadas n relação imediata com os
lugares escolhidos e com a ressonância de cada uma consigo mesma., com o local
e com a outra. Esta performance combina exposição fotográfica com dança e
movimento. O corpo atravessa os espaços da exposição , circulando entre salas,
entrando e saindo de lugares, peles, rostos, identidades.
Sendo
alternadamente espectador, criador, elemento neutro, elemento questionador,
ritual, parte das próprias paredes, terreno e etéreo. Assim, o público é
convidado a apuarar o olhar, porque há partes que vê, outras que não. E ninguém
vê exactamente a mesma performance. (…) No final, propõe-se uma conversa
aberta entre criadoras e audiência (…) dissolvendo a barreira entre artista e
público, alargando a experiência.
Criação e interpretação
Iris Lican e Stong Pa Nyid Fotografia Stong Pa Nyid Movimento
Iris Lican Som Baltazar Molina
23h30
SLAP HAND TO HAND
Slap
– Hand To Hand é uma banda baseada na percussão da África
Ocidental, misturando diferentes ritmos, rituais, histórias e culturas. A
música Mandinga/Griot representada pelos Djembes, Dununs e Balafon funde-se com
a cultura contemporânea através deVjing e Sampling usando o Resolume e
instrumentos como o Akai MPD Sampler.
É
objectivo desta banda misturar a cultura Mandinga/Riot com a urbana, sem
deturpar a origem, fazendo um apelo constante aos sentidos e às memórias
intrinsecas à genética colectiva. Os percussionistas escondem nas entrelinhas
desta sonoridade ritmos e melodias com origem em simbolos ancestrais que são a
resposta para transes de várias castas.
Mais
do que percussionistas, mais do que músicos, os Slap trabalham a partir de uma
herança, transformando a urbe num campo de terra onde a poeira levanta a cada
batida.
Davidian
Lopes :: Francisco Rodrigues Bento :: Francisco Aviztía :: Lascas :: Pedro
Petronilho :: Pedro Adrega
Sonoridades, dia
15: WORLD
MUSIC PARTY com
Dj Goldenlocks (mentora das noites vibrantes Fuego y Tumbao)