A sessão de abertura de “Portugal New Space Evening: entrepreneurs meet space at the 50th anniversary of the man on the moon”, marcada para as 20h00, é feita por Amílcar Falcão, Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra, seguindo-se uma breve intervenção de Teresa Mendes, Presidente do IPN, e o lançamento de “Portugal New Space Entrepreneurship Initiative 2030” por Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Esta iniciativa visa criar para Portugal uma estratégia para mobilizar diversos setores da sociedade para o Espaço, potenciando novas oportunidades de cooperação institucional, industrial e internacional e contribuindo para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e competitivas no mercado internacional.
A partir das 21h15, o pianista e compositor português Júlio Resende, apresenta um concerto de celebração do aniversário dos 50 anos do Homem na Lua, com um alinhamento formado pelos temas do seu novo álbum “Cinderella Cyborg”. Neste novo projeto, o músico “conta a história da relação do homem com a máquina e todas as coisas que esse amor pode gerar”, incluindo “Let’s go the moon again”, durante o qual o som do piano se funde com a gravação da voz de Neil Armstrong.
O Instituto Pedro Nunes coordena o Centro de Incubação da Agência Espacial Europeia em Portugal (ESA BIC Portugal), um dos 20 centros de incubação da Agência Espacial Europeia a nível europeu, onde são apoiadas startups que transfiram tecnologia espacial para setores terrestres, mas também novas empresas que pretendam entrar no mercado espacial comercial.
“Portugal New Space Evening: entrepreneurs meet space at the 50th anniversary of the man on the moon” tem o apoio da Universidade de Coimbra, FCT-Fundação para a Ciência e a Tecnologia, ANI-Agência Nacional de Inovação, Ciência Viva e MCTES-Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Antena 1.
A entrada é gratuita e os bilhetes podem ser levantados no Teatro Académico Gil Vicente, de segunda-feira a sábado, das 17h00 às 22h00.
Uma pancada na cabeça pode pôr-te inconsciente.
Mas amor é uma pancada na base dos pés, que no sentido inverso tem o efeito inverso, desperta. Eis uma maneira em que me agrada pensar o amor: uma força na direcção ascendente. Como um foguetão que, pelas virtudes milagreiras da poesia e da ciência, se dirige à Lua. Somos um ser que, apesar do medo, ousa estar com os pés onde já não há chão. Temos força para contrariar a gravidade. Mesmo que isso envolva dedicar a nossa vida a tal. Há dois anos construí uma música a partir da ideia de Espaço e da ida à Lua, de irmos até aos lugares mais longínquos, para não se perder nada, ou para procurar aprender com o que ainda não conhecemos. Decidi compor essa música através de elementos musicais e elementos extra-musicais e ouvia na minha cabeça muita música a vir do discurso do Neil Amstrong, na aproximação à Lua. Gosto de ouvir música onde supostamente ela não está. Porque no espaço, ao contrário do que dizem, há som. Há o som do coração humano que não pára de bater até algo maior que ele o ensurdecer. Mas até lá a música dentro continua sempre, Tum-Tum, Tum- Tum: o som do foguetão nas tuas veias e nisso vestes um fato esquisito e vais colocar os pés numa areia da praia lunar, com vista panorâmica para outros horizontes.