EDIÇÃO 2017 DO ENCONTRO DE VIOLAS DE ARAME
OS TOCADORES
PEDRO MESTRE – Tocador de Viola Campaniça (Alentejo )
VÍTOR SARDINHA – Tocador de Viola de Arame (Madeira)
RAFAEL CARVALHO – Tocador de Viola da Terra (Açores)
JOSÉ BARROS – Tocador de Viola Braguesa (Minho)
CHICO LOBO – Tocador de Viola Caipira (Minas Gerais/Brasil)
CONVIDADOS:
EDUARDO COSTA – Tocador de Viola Amarantina
JÚLIO PEREIRA – Tocador de Cavaquinho
O ENCONTRO
A ideia para a realização deste encontro, surgiu em Setembro de 2009, impulsionada por Pedro Mestre, no âmbito do Festival Planície Mediterrânica – Festival Sete Sois, Sete Luas portugueses.
Pedro Mestre (Viola Campaniça), José Barros (Viola Braguesa), Vítor Sardinha (Viola de Arame da Madeira) e Rafael Carvalho (Viola da Terra/Açores), realizaram espectáculos, oficinas e conversas onde se partilharam experiências.
O sucesso da primeira edição levou estes quatro músicos de Violas de Arame, a quem se juntou Chico Lobo (Minas Gerais / Brasil), que passou a integrar a III e IV edição do Encontro de Violas de Arame, a convidar outros participantes que vieram de várias regiões do país, entre os quais, músicos, etnomusicólogos, tocadores e construtores de cordofones.
Após a realização destes “encontros” verificou-se que o objetivo primeiro está a ser gradualmente alcançado.
Surgem no panorama nacional violas de arame a integrar projetos musicais diversos, ganhou-se uma nova consciencialização da importância de preservar e divulgar as tradições musicais de raiz popular e a comunicação social acompanha estas novas dinâmicas com redobrado interesse.
Mas este é um processo em construção pelo que se devem continuar a criar ações de salvaguarda e dinamização da viola portuguesa tradicional.
Pretende-se reforçar os elos com a região berço da Viola Viola Campaniça. E pretende-se criar este ano um Grupo de Trabalho, com vista à preparação de uma possível candidatura da Viola de Arame Portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade.
A ACA – Os Cardadores e a Viola Campaniça Produções Culturais – aposta na continuação da programação dos eventos anteriores, cuja fórmula assenta na componente formativa e de espectáculo. As oficinas de toque, ex-líbris do encontro, irão este ano contar com a participação da viola Amarantina e do Cavaquinho e respetivos tocadores.
Retomaremos as conversas e as histórias das violas. No primeiro dia, dedicado às violas de arame, teremos uma roda de tocadores que partilharão experiências e apresentarão as características de cada uma das violas.
CONVERSAS – Com a intervenção dos tocadores/músicos de cada viola de Arame especifica, de oradores convidados com formação ou experiência na área de música tradicional (tocadores, construtores, musicólogos). Privilegiando-se uma trocas de ideias e experiências entre todos os participantes.
OFICINAS – Dirgidas por cada um dos músicos convidados, falar-se-à da história e importância de cada viola, promovendo aqui, também, o debate entre músicos, etnógrafos e público em geral.
EXPOSIÇÃO CORDOFONES – Durante o Encontro estará disponível para visita uma pequena exposição de cordofones de mão Portugueses que integram o acervo de instrumentos tradicionais de Pedro Mestre e de outros construtores do panorama nacional. No decorrer do Encontro será realizada uma visita guiada à exposição.
CONCERTO – Várias momentos musicais marcam este encontro, nomeadamente o espetáculo “Violas de Arame Concerto”, um espectáculo que consiste num encontro de sonoridades das várias violas de arame num repertório que incide sobre o cancioneiro tradicional e que apresenta também alguns temas inéditos. Cada um dos músicos irá apresentar a sua viola individualmente, demonstrando que cada uma possui a sua sonoridade, resultado da sua origem e evolução na história, partilhando no final uma apresentação conjunta.