Novembro… o mês em que Pedro Barroso nasceu, em que acabaram as gravações e também o mês do nascimento deste disco.
“Que Rumos” que dá também título a esta edição, interpretado em duo com Patxi Andión, é o tema de aposta e mais especial deste disco por todos os motivos: pela genialidade, pela musicalidade, pela mensagem, e por ser interpretado por dois “monstros” da música, que infelizmente já nos deixaram… e sem substitutos à altura.
Citando Pedro Barroso: “…dolorosamente mais sentido – ao meu querido Patxi Andión, a quem pedira em Abril deste ano, para partilhar voz na minha canção “Que rumos?” A sua disponibilidade imediata, a sua resposta, o entusiasmo e o seu companheirismo calarão para sempre na minha memória. Quinze dias depois de gravar, morreu; e nunca mais poderemos dar
aquele caloroso abraço – devido, obrigado e natural – que distinguiria tal privilégio e selaria a nossa amizade de vida que assim, inesperadamente, fica ao mesmo tempo, interrompida, mas também eternamente plasmada numa canção”
A sua extensa obra musical, a sua poesia e o que nos transmitiu na sua pintura, revelam a sua verdadeira personalidade e genialidade sempre motivada por uma análise social muito própria onde a revolta, o amor e a paixão estiveram sempre presentes.
Resta-nos agora ouvir o dueto (único e último) que uniu Pedro e Patxi, e sentir a força das palavras de Pedro Barroso nas suas últimas músicas.