Após a estreia no Teatro Nacional D. Maria II em Lisboa, Olga Roriz traz agora ao sul a peça “Seis Meses Depois”, a assinalar os 25 anos da Companhia.
Uma Co-produção do Cineteatro Louletano, Teatro Nacional D. Maria II e Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão.
Zhora Fuji, Naoki 21, Dawnswir, Gael Bera Falin, Kepler 354, Priscilla Noir e Human Cat habitam a cidade de Tannhauser, o ano é 2307 no planeta Terra 3. Mas o fim está eminente. Daqui a pouco, bye-bye sistema solar. Em 37 horas, 4 minutos e 12 segundos a Terra irá colidir com Júpiter. E lá se vai o microcosmos e o macrocosmos, o átomo, a molécula, os protões e os neutrões. Lá se vai a física quântica a epigenética e mais os rebuçados do Dr. Bayard. Lá se vão os genes homeóticos, a medicina ortomolecular e as radiações eletromagnéticas. Não haverá Chakra que nos valha nem coerência que nos salve. Não haverá chave genética que nos abra mais porta nenhuma.
Adeus, humanidade. Se no seu último espetáculo, ‘Autópsia’, Olga Roriz refletia sobre o impacto negativo que o ser humano tem vindo a causar ao planeta, ‘Seis meses depois’ parte de uma reflexão sobre a humanidade que perdura em cada um de nós, apesar desta sociedade que nos consome, formata e massifica. Num futuro próximo, humanos, semi-deuses ou heróis, imaginam a sua existência através de sete personagens escolhidas ao acaso, num espetáculo apoiado pela Câmara Municipal de Loulé e co-produzido pelo Cineteatro Louletano.
Para assinalar os 25 anos da Companhia, será ainda apresentado o livro “25 anos da COR” e exibido o documentário “Autópsia, percurso de uma criação” de Henrique Pina, a 28 de outubro, às 21h00 no Auditório do Solar da Música Nova em Loulé, com a presença da coreógrafa.