Nascido em Greenwich Village (Nova Iorque), Robert Anthony De Niro estudou representação em diversas escolas e tornou-se desde cedo um adepto do Método. Depois de se estrear no cinema aos 20 anos num filme obscuro de Brian DePalma, foi com Cavaleiros do Asfalto (1973) e sobretudo com Taxi Driver (1976) que foi elevado a outro nível de apreço crítico e cimentou as bases de uma fecunda relação com Martin Scorsese – antes disso, havia ganho já um Óscar de ator secundário pelo seu papel de Vito Corleone em O Padrinho II (1974). Com o cineasta fez depois Touro Enraivecido (1980), cuja interpretação do pugilista Jake LaMotta lhe valeu um Óscar de melhor ator.
Após encarnar Al Capone em Os Intocáveis (1987), de Brian DePalma, Tudo Bons Rapazes (1990) ou Cabo do Medo (1991) provaram, uma década após os papéis que o notabilizaram, que não era um ator de uma só tipologia dramática. A completar a era De Niro/Scorsese, Casino (1995) deu-lhe outro papel de mafioso, e Heat – Cidade sob Pressão, de Michael Mann, manteve-o, num choque de titãs com Al Pacino, na esfera de personagens ligadas ao crime organizado.
Entre outros papéis notáveis, incluem-se os que fez em O Caçador (1978), O Rei da Comédia (1982), Era Uma Vez na América (1984), Brazil (1985), A Missão (1986), A Vida deste Rapaz (1993), Jackie Brown ou O Irlandês (2019). Também na comédia se destacou, por exemplo, em Manobras na Casa Branca (1997), Uma Questão de Nervos (1999), Um Sogro do Pior (2000) ou O Estagiário (2015).
Robert De Niro já foi nomeado para sete Óscares (ganhou dois), nove Globos de Ouro e seis BAFTA.
Texto de Nuno Camacho
Hoje, na manhã da Antena 1, pelas 9h40, Mónica Mendes e Rui Alves de Sousa recordam o percurso do ator e alguns dos grandes filmes em que brilhou.