1.
Eduardo Jesus é o “ministro” da Cultura do governo autónomo da Madeira.
Sabemos que ministro na Madeira se escreve secretário. E sei também que Eduardo, além da Cultura gere o pelouro do Turismo e mais uns quantos assuntos de importância.
Gosta de carros, é empresário de sucesso, o seu signo é Carneiro (quase Touro) e editou um Dicionário Enciclopédico sobre a ilha.
Há quem aposte todas as fichas em como um dia sucederá a Miguel Albuquerque como rei do Arquipélago.
2.
Eduardo Jesus tornou-se conhecido de todos os portugueses por insultar duas deputadas em plena Assembleia Legislativa no Funchal.
Não quero repetir as suas palavras cabeludas ou argumentar sobre o seu modo muito particular de tratar as mulheres.
Mas bardamerda e gaja foram duas delas, precisamente as que o “ministro” madeirense repetiu para nos elucidar que eram palavras que estavam no dicionário – não eram ordinarices ou calão.
O que é absolutamente verdade.
E desde já agradeço a amabilidade do mais alto responsável da cultura madeirense – não são todos os governantes capazes de oferecer conhecimento ao povo.
3.
Ainda assim, por também desejar contribuir para a cultura dos portugueses…
… o que é também minha obrigação de comentador…
… recordo que no dicionário estão outras palavras igualmente interessantes.
Por exemplo:
Apancado
Descerebrado
Taralhouco
Zagucho
Idiota
Macho
Machão
Machinho
Insano
Obsceno
Biltre
Rude
Transtornado
Vil
Desumano
Mau
Caudilho
Déspota
Ordinário
E mais umas quinhentas.
4.
É claro que nenhuma destas palavras são dirigidas ao senhor secretário da Cultura da Madeira.
Seria injusto para ele e para o seu percurso.
Além do mais não se tratam assim as pessoas, seria incapaz disso.
Mesmo que a seguir pedisse desculpa e remetesse para o dicionário de língua portuguesa que Eduardo Jesus conhece como a palma das suas mãos.
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