É bailarino e diretor artístico do CAPa – Centro de Artes Performativas do Algarve – onde o Devir, nome da associação que fundou em 1994, é uma marca de água e um modo de fazer. Do desenho à dança, quantos passos fazem o caminho deste criador?
Tinha 8 anos quando soube que queria ser bailarino. Tomado pela descoberta duma actuação do Ballet Gulbenkian no Algarve. Depois, a vida foi colocando José Laginha nos sítios e o percurso faz-se dançando. Deixemos a adolescência, que pouco tem para contar. Depois sim, Lisboa, Nova Iorque e o regresso ao Algarve, para onde o destino o chamou.
A sul, se revela o criador , inquieto e irrequieto. Esse é o percurso que palmilhamos hoje, folheando palavras e desenhando as linhas, nem sempre verticais ,de um bailarino em movimento.
Uma valsa lenta insinua-se num caderno de reflexões. Um concerto de memórias, escreve, ensaiando o luto que há-de vir. Segunda feira, 10 de Março, sempre a mesma data, aniversário de Ivone, a mãe de quem cuida há 10 anos : “FAZES-ME FALTA DESDE QUE COMEÇASTE A PARTIR”.
José Laginha em Sou Pessoa para Isso
