Conhecemo-la das canções, mas é num livro que tocamos os primeiros acordes da conversa.
“Nem Todas as Árvores Morrem de Pé”, romance de estreia ou a descoberta de uma outra voz para além da música.
Uma notícia inspirou a canção – “Maria Feliz” – a canção cresceu nela e após um ensaio para uma peça de teatro, foi na prosa de um livro que Luísa Sobral encontrou as palavras e a pauta da ficção. Por entre ervas de cheiro, plantas e algumas árvores, folheamos o percurso de duas mulheres unidas, mas separadas. Vítimas das décadas mais sombrias da história da Alemanha. Emmy e M. são as duas mulheres que ligam as pessoas e os lugares deste romance. Nem Todas as Árvores Morrem de Pé, editado pela D. Quixote, é o primeiro livro e o último rebento da cantautora (já lançada na escrita dum segundo romance).
Os livros sempre foram companheiros de viagem. Sempre à mão de semear, a cada pausa do dia e antes do sono chegar. Dos hábitos de leitura à escolha das palavras que plantou na sua primeira ficção há uma cantora que também escreve romances. Luísa Sobral é Pessoa para Isso.
