"O amor não pode esperar" e por isso Pedro Moutinho, que acabou de editar um disco com este nome, veio ao Estúdio 23 da Antena 1 onde falou com
Ana Sofia Carvalhêda sobre este novo CD e interpretou ao vivo alguns dos temas que o preenchem.
Videos de Catarina Limão
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Veja o vídeo de "Rua da Esperança":
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Pedro Moutinho tem novo disco. "O Amor Não Pode Esperar" tem data de lançamento agendada para o dia 8 de Julho.
"Rua da Esperança", o tema de apresentação do quarto trabalho de Pedro Moutinho, tem autoria de Amélia Muge e pode ser uma marcha soalheira, um voto de alegria ou simplesmente um caminho irresistível. "Rua da Esperança" dá-nos os bons dias a 12 de Junho, véspera de Santo António em Lisboa. Num rigoroso exclusivo da Antena 1. "O Amor Não Pode Esperar"conta ainda com composições de alguns dos nomes maiores da poesia portuguesa: Aldina Duarte, Fausto Bordalo Dias, Manuela de Freitas, Teresa Tarouca ou Tiago Torres da Silva. Inclui ainda um "Preciso aprender a ser só" de autoria de Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, notabilizado nos anos 60 pela voz de Elis Regina.
Gravado por Amândio Bastos no Saafran Studio, com misturas e masterização de António Pinheiro da Silva, conta com a participação dos músicos, José Manuel Neto (Guitarra Portuguesa), Carlos Manuel Proença (Viola), Daniel Pinto (Baixo Acústico), Ricardo Dias (Acordeão), Gil Gonçalves (Tuba) e Luis Clode (Violoncelo).
A Produção e direcção musical é de Carlos Manuel Proença.
"O AMOR NÃO PODE ESPERAR"
Alinhamento
Rua da Esperança-3:01
Amélia Muge
Participação na tuba de Gil Gonçalves
Preciso aprender a ser só – 4:38
Marcos Valle e Paulo Sérgiø Valle
Participações de Ricardo Dias no Acordeão e Luis Clode no violoncelo
Longe de ti – 2:23
Tiago Torres da Silva e José Marques
Eu tenho um fraquinho por ti – 4:07
Fausto Bordalo Dias
Participação de Ricardo Dias no acordeão
Fui a jogo – 3:15
Manuela de Freitas e Casimiro Ramos
O teu perfume – 5:48
Amélia Muge
Olhos Estranhos – 2:47
Hermano Sobral e María Teresa Albuquerque
Estranha Contradição – 3:22
Manuela de Freitas e Frederico de Brito
Sem tirar nem por – 4:05
Amélia Muge e José Nunes
O riso que tu me deste – 2:59
Teresa Tarouca e Georgino de Sousa
Lua Nova – 3:14
Manuela de Freitas e José Fontes Rocha
Novembro – 3:20
Manuela de Freitas e Frederico de Brito
Recordar – 3:05
Aldina Duarte e José António Sabrosa
Pedro Moutinho
"A maioria dos fadistas conhece-me desde que andava ao colo da minha mãe". É assim que Pedro Moutinho explica as influências familiares, de quem ouvia e frequentava assiduamente os espaços de fado, ao lado dos pais, junto dos irmãos Camané e Hélder. Naturalmente, Pedro Moutinho começa a cantar aos 8 anos. O seu crescimento enquanto artistas passou por casas de Fado como "Clube de Fado Amália", "Forte D. Rodrigo" ou o mítico "Café Luso"
Em 2003, chega a estreia discográfica com "Primeiro Fado" que mereceu elogios do público e crítica especializada. Em Novembro desse ano é ainda premiado com o Prémio Revelação da Casa da Imprensa, valendo-lhe o reconhecimento público do seu talento que o define como uma das melhores promessas do Fado.
Hoje, passados 10 anos sobre a edição do primeiro trabalho, Pedro Moutinho é um dos grandes fadistas dos nossos dias. Inúmeros têm sido os espectáculos em Portugal e estrangeiro – já levou a poesia de Fernando Pessoa, Lobo Antunes, Amélia Muge ou Manuel Alegre a países como Holanda, Bélgica, Luxemburgo, França ou à vizinha Espanha. Em 2007 estreou-se em cinema no filme "Fados" de Carlos Saura no ambiente "Casa de Fados" ao lado de D. Vicente da Câmara, Ana Sofia Varela Ricardo Ribeiro e Carminho. Em 2008 foi distinguido com o Prémio Amália Rodrigues para Melhor Álbum.
Diz-se de Pedro Moutinho
"Ele é, talvez, a voz mais discreta dos nossos fadistas. Nunca exagera uma nota, toma todas as mesuras com cada sílaba. Podíamos arriscar que ele é um prodígio técnico, mas o mais certo é ser tudo instinto. "
João Bonifácio no Jornal Público.
"Pedro Moutinho é uma voz segura, com
bom gosto na escolha do repertório, um
estilar elegante, um fraseado inatacável,
uma sobriedade que não merece reparos"
João Miguel Tavares na Time Out
"Interpretações Soberbas"
Nuno Pacheco, no Jornal Público
Bio
Costuma dizer-se que "quem sai aos seus não degenera". Mas,
por esta altura do campeonato, já é injusto para Pedro Moutinho voltar a
invocar a linhagem a que pertence. Com três álbuns aclamados pela crítica, e um
Prémio Amália em carteira, Pedro Moutinho já provou que o caminho que percorre
é apenas seu e nada deve ao apelido que partilha com os irmãos Carlos e Hélder.
Em comum com eles, a paixão pelo Fado, que canta desde os
onze anos; o rigor na interpretação; a alma e a entrega permanentes. Mas a
sensibilidade que as suas gravações revelam, essa, é só sua. E, sem pressas,
com confiança, a sua voz e a sua intensidade abriram-lhe espaço próprio, e bem
merecido, no panorama actual do Fado.
Desde que, faz agora dez anos, Pedro Moutinho lançou o seu
primeiro álbum, "Primeiro Fado" (2003), tem sido sempre a subir, sem nunca
olhar para trás. O título do segundo, "Encontro" (2006), foi significativo: foi
o disco do encontro com o produtor que o tem ajudado a moldar o seu percurso,
Carlos Manuel Proença, viola de referência. Veio depois o terceiro registo, o
da confirmação como um valor incontornável, "Um Copo de Sol" (2009). Seguiu-se
"Lisboa Mora Aqui" (2011), uma escolha de material dos três discos completada
por temas novos.
Agora é o momento de dar um novo passo em frente. Chama-se
"O Amor Não Pode Esperar". É o quarto disco de estúdio e chega às lojas dia 8
de Julho. De novo produzido por Carlos Manuel Proença, mostra a segurança cada
vez maior do intérprete, a discrição confiante do percurso.
Nele, Pedro Moutinho demonstra o seu respeito pela herança,
presente nos muitos Fados tradicionais que surgem aqui com novas letras (de
gente como Aldina Duarte, Manuela de Freitas ou Tiago Torres da Silva). Mas
explora também a sua necessidade de desenhar o seu próprio caminho por entre a
tradição, mesmo que isso implique fazer-lhe tangentes.
Amélia Muge, que já contribuira para "Um Copo de Sol",
trouxe-lhe dois temas, entre os quais o primeiro single "Rua da Esperança". E
Pedro Moutinho continua a saber escolher as canções que decidiu "afadistar".
Aqui, elas são um clássico da música portuguesa – "Eu Tenho um Fraquinho por
Ti", de Fausto Bordalo Dias – e outro da MPB – "Preciso Aprender a Ser Só", de
Marcos Valle, gravada por gente como Elis Regina ou Maysa Matarazzo.
Tudo isto unido por uma voz de eleição que já provou ser
pessoal e intransmissível, por uma entrega que já não pede comparações. Pedro
Moutinho já não é irmão de ninguém; é, apenas, Pedro Moutinho. Um dos grandes
fadistas da actualidade. E "O Amor Não Pode Esperar" é o seu melhor trabalho.
Até agora.
Discografia
2013 "O Amor Não Pode Esperar"
2010 "Lisboa Mora Aqui". O Melhor de Pedro Moutinho
2009 "Um Copo de Sol"
2006 "Encontro"
2003 "Primeiro Fado"
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