António Matias Coelho, autor de “Os últimos avieiros do Tejo”, identifica o triângulo mágico Golegã-Chamusca-Constância como concha de uma vida entregue à causa pública, quer no ensino quer na investigação. Mas propõe que conversemos em Vila Nova da Barquinha, num belo mirante sobre o rio que é a sua estrada para o paraíso. Assim, junto ao parque ribeirinho onde usufruímos de uma magnífica mostra de escultura contemporânea, há de fluir a conversa, rente às águas que nem sempre tiveram o leito actual
O antigo director da Casa-Memória de Camões, em Constância, fala dos últimos assentamentos avieiros do rio e recorda figuras formidáveis como Maria Loba, a mulher que parece ter saído de um livro de Redol para a dura vida do rio. A conversa corre, memória à tona das águas que afagam Almourol. E havemos de passar a vau para a Golegã dos grandes fotógrafos, de Carlos Relvas a Frederico Bonacho.
O antigo professor de História na Chamusca revisita o Porto das Mulheres e fala de uma tradição que está a ser revitalizada, o jogo do quartão. Desligado o gravador, vamos a uma fritada de peixe, no Ribeirinho.